No dia 23 de Fevereiro de 2002, a então senadora da Colômbia Ingrid Betancourt, que era candidata independente à Presidência da República, encontrava-se em campanha eleitoral pelo interior do país, quando foi sequestrada por guerrilheiros das FARC (Forças Revolucionárias da Colômbia).
Esse foi um dos sequestros políticos mais longos da história. Ingrid só seria libertado em julho de 2008, ficando, assim, mais de seis anos no cativeiro.
Betancourt permaneceu cativa até o dia 2 de Julho de 2008, quando o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou a sua libertação juntamente com outros quatorze reféns.
AFP
Ingrid fora alertada pelo governo colombiano sobre os riscos que corria e ignorou esse aviso do governo e decidiu fazer campanha na região que estava sendo reocupada pelo exército, após três anos sob controle dos guerrilheiros.
O seqüestro era uma das táticas de guerrilhas mais comuns na região. As Farc mantinha naquela época cerca de 800 reféns em seu poder e a candidata era uma das críticas mais severas da guerrilha.
A candidata, que além de ex-senadora é uma escritora de sucesso na Colômbia, viajava para a cidade de San Vicente del Caguán, na antiga zona desmilitarizada (que estava sob controle das guerrilhas).
Mesmo tendo sido desaconselhada pelas autoridades de segurança da Colômbia, Ingrid Betancourt resolveu viajar por terra até a cidade, que é considerada a principal da área que estava sob controle dos guerrilheiros.
AFP
O carro onde viajava a ex-senadora deveria passar por postos de controle na entrada e na saída de cada cidade para que o seu trajeto fosse supervisionado. No entanto, no meio da viagem, antes de chegar a San Vicente de Caguán, o veículo desapareceu.
O governo emitiu uma nota sobre a viagem informado que Betancourt "solicitou uma autorização ao Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia (DAS) e à polícia nacional para o deslocamento de veículos pertencentes a entidades ligadas a ela para ir da cidade de Florencia até San Vicente.
Junto com Ingrid Betancourt, viajavam no carro um fotógrafo de uma revista francesa, um câmera colombiano e dois militantes da campanha.
AFP
O presidente Andrés Pastrana visitou San Vicente del Caguán, no sábado, depois que o Exército retomou o controle de parte da área antes administrada pelos guerrilheiros.
Houve um clamor em várias partes do mundo pela libertação de Ingrid Betancourt, sobretudo fortes manifestação do governo e entidades da França.