Uma das tragédias que mais abalou a população da cidade de São Paulo, com grande Impacto por todo o país, aconteceu em 1º de Fevereiro de 1974, quando o Edifício Joelma, localizado na região central, pegou fogo, sendo tomado pelas chamas em pouco tempo.
O resultado foi catastrófico: 187 pessoas mortas e centenas de feridos.
O incêndio teve início na sede do Banco Crefisul, quem não havia terminado de se instalar no prédio. As investigações concluíram que o incêndio se iniciou por conta de um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado do 12º andar. Foi constatado pela investigação que a infraestrutura elétrica do Edifício Joelma era muito precária, além de estar sobrecarregada.
Em poucos minutos o fogo já havia se alastrado, causando pânico e impedindo os ocupantes de evacuarem o edifício.
Os curtos circuitos são até hoje, um dos principais motivos causadores de incêndios. Podemos citar recentemente, o caso ocorrido no Centro de Treinamento do Flamengo. A causa do incêndio foi a mesma: curto circuito em aparelho de ar-condicionado.
O edifício Joelma, no Vale do Anhangabaú, fora inaugurado em 1971. Com 25 andares, sendo dez de garagem, o prédio fica no número 225 numa das avenidas mais movimentadas da capital paulista, a Av. Nove de Julho.
FOGO INCONTROLÁVEL
Apesar da estrutura do Joelma ser de concreto armado, as chamas tomaram conta do edifício com rapidez. As salas eram repartidas por divisórias e havia carpetes, móveis de madeira, cortinas de tecido e outros materiais inflamáveis que contribuíram para o alastramento do fogo. Além disso, os botijões de gás nas copas das empresas explodiram como bombas, lançando blocos de paredes para baixo.
Não havia escadas de incêndio ou heliporto na cobertura do Joelma, o que impossibilitou o pouso dos helicópteros, que se aproximavam apenas para jogar toalhas molhadas e cordas. Mais de sessenta pessoas que fugiram para o terraço morreram carbonizadas. Várias caíram ou se atiraram do edifício.