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Homem entra armado em escola no Rio e mata 12 crianças

Segundo informações das autoridades, o homem era ex-aluno da escola, pois tinha no bolso uma carteira da escola com sua identificação.

Na manhã de 07 de Abril de 2011, há 9 anos, um homem, identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e atirou em crianças e funcionários, matando pelo menos 12 crianças e ferindo outras 13. Quatro outras ficaram em estado grave.

Os números foram informados pelo secretário de saúde do estado, Sérgio Cortes. Entre os mortos contam-se nove alunas e um aluno da escola, com idade entre 12 e 14 anos e o próprio atirador. Depois de ser atingido nas pernas por policiais militares que participavam de uma blitz nas proximidades da escola, o homem se matou com um tiro. Ele não tinha antecedentes criminais.

Segundo informações das autoridades, o homem era ex-aluno da escola, pois tinha no bolso uma carteira da escola com sua identificação. Em uma carta deixada por ele, dizia ser portador do vírus HIV. Com frases sem sentido, ele fez também referências ao islamismo e ao terrorismo internacional. Junto ao seu corpo foram encontradas duas armas descarregadas.

O tiroteio causou pânico entre professores e alunos da escola. A professora Vanessa Duarte, orientadora do programa de jovens e adultos no turno da noite, disse que levou um susto com a notícia. "O sistema de segurança da escola é super-rigoroso, tem segurança, câmera nos corredores, sistema interno de TV. Todos precisam passar por três portões fechados. Estou até assustada, não sei como esse homem conseguiu entrar e depois sair."

A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio informou que 12 crianças, 10 meninas e 2 meninos, morreram no ataque a uma escola em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na quinta-feira . Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, atirou contra alunos em salas de aula, foi atingido por um policial e, segundo a polícia, suicidou-se em seguida. Abaixo, saiba mais sobre as vítimas :

Luiza Paula da Silveira, 14 anos

Luiza estava no 8º ano do Ensino Fundamental e sonhava em ser modelo fotográfico. "Ela adorava tirar fotos e colocar no Orkut", contou a tia dela, Cristiane da Silva Machado Gomes. Luiza era fã de Ivete Sangalo. "Tem uma música da Ivete, que fala em sol, terra, mar, que ela adorava. E essa música dizia: 'Quando a chuva passar...' Parece que ela sabia o que ia acontecer, e ela queria deixar essa mensagem. Acho que é essa música que vai ajudar a consolar a gente."

A estudante fazia aulas de inglês e adorava ir à academia de ginástica. "Ela estava malhando com a prima, que é minha filha. As duas estavam querendo ficar em forma para o aniversário de 15 anos dessa minha filha", disse a tia.

Karine Chagas de Oliveira, 14

Karine era uma menina muito carinhosa, de acordo com Ana Paula Oliveira dos Santos, tia da estudante. Ela diz que a sobrinha vivia com a avó desde pequena. "Minha mãe está em estado de choque. Ela cria a Karine desde dois anos de idade", conta.

A aluna do 8º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira tinha acabado de começar a praticar atletismo na Escola Militar, em Sulacap.

"Ela fazia atletismo em um curso oferecido pela PM. Na semana que vem, ela iria pariticpar de uma prova no Estádio Célio de Barros, no Maracanã", conta Débora Martins, tia de Karine. "Ela era botafoguense, mas gostava muito do Neymar (jogador do Santos e da seleção brasileira)", acrescenta. "Para continuar praticando atletismo, ela precisava se esforçar na escola. E estava empolgada, tirando boas notas", complementou.

Larissa dos Santos Atanázio, 13

Larissa era uma menina muito brincalhona, simpática e inteligente. Assim Daniele Azevedo define a prima que foi vítima do atirador na escola em Realengo.

Segundo Daniele, Larissa, que aparece na foto ao lado posando de modelo, estudava na Escola  Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, há dois anos. "Ela gostava muito de ir à aula".

Rafael Pereira da Silva, 12

Carlos Mauricio Pinto, o pai, se emocionou ao lembrar do  filho. Rafael era aluno do 9º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Ele foi um dos dois meninos mortos pelo atirador. As outras dez vítimas assassinadas eram meninas.

"Pela quantidade de pessoas que vieram ao enterro, vocês podem ver que ele era muito querido", disse Wagner Assis da Silva, de 35 anos, irmão de Rafael. "Ele estava tirando o CPF para trabalhar como menor-aprendiz, em uma rede de supermercados. Ele já queria ganhar o dinheirinho dele", acrescentou. "Ele era mais caseiro, jogava muito no computador e gostava de rock. Ele ouvia muito a banda Linkin Park", finalizou.

Samira Pires Ribeiro, 13

Samira havia entrado este ano na Escola Municipal Tasso da Silveira, de acordo com a irmã dela, Valéria Pires. A estudante estava no 8º ano e gostava muito de ir às aulas. A morte deixou a família muito abalada. “Minha mãe está em estado de choque", disse Valéria.

Mariana Rocha de Souza, 12

A menina Mariana foi uma das vítimas do assassinado na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo.

"Ela era muito brincalhona, gostava de Restart e Luan Santana. Ela jogava handebol e queimada no colégio e era muito estudiosa", disse o primo de Mariana, Josimar Nunes, de 12 anos.

Ana Carolina Pacheco, 13

Ana Carolina foi a última das vítimas a ter o corpo reconhecido. A família da estudante esteve no IML em busca da menina, mas não a reconheceu entre os corpos.

A irmã, Ana Paula, disse que ela estava desaparecida desde a manhã de quinta-feira (7) e que iria continuar procurando por ela pelos hospitais da cidade.

Após a confirmação da morte, a família ficou em estado de choque.

Bianca Rocha Tavares, 13

O sonho dela era ser pediatra. Ela gostava muito de crianças", disse o tio da menina, Ricardo Goulart.

Géssica Guedes Pereira, 15

"Ela jogava vôlei no colégio, gostava de estudar e de dançar funk. Era uma boa colega de sala", disse Camile Nascimento, de 18 anos, irmã de uma colega de turma de Géssica.

Laryssa Silva Martins, 13

"A Laryssa era uma menina meiga, tranquila e queria ser marinheira. Ela queria ganhar dinheiro para ajudar o pai, que é aposentado", contou o padrinho de Laryssa, Gerson da Silva, de 47 anos.

Milena dos Santos Nascimento, 14

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