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Hebe Camargo, a rainha da TV, faria 90 anos neste 8 de março

. Foi precursora da presença da mulher na televisão e se destacou durante décadas no programa-show que manteve enquanto esteve vida

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Hebe Camargo, por muitos considerada a mais popular e querida apresentadora da televisão brasileira em todos os tempos, faria 90 anos de idade neste 08 de março, Dia internacional da Mulher, que ela muito bem representou. Era uma pessoa reconhecida por sua incrível autenticidade, sem papa na língua, e de um permanente bom-humor. Foi precursora da presença da mulher na televisão e se destacou durante décadas no programa-show que manteve enquanto esteve vida.

Foi esse estilo irreverente e cheio de autenticidade que marcaria a carreira de Hebe Camargo na TV, veículo no qual atuou intensamente durante mais de 60 anos.

O êxito da longa carreira acabou transformando a artista num ícone da televisão brasileira e num modelo que vem servindo de inspiração para muitos profissionais da área. Mais do que isso, a coragem e a verdade demonstradas perante as câmeras a tornaram um pessoa respeitada por todos. E, bem mais do que pelo bordão “gracinha” e pelos “selinhos” que distribuía à vontade, será lembrada como a grande comunicadora que sempre foi.

Diagnosticada com um câncer no peritônio, contra o qual lutava havia dois anos, Hebe Camargo morreu em 29 de setembro de 2012 na sua casa, no bairro do Morumbi, em São Paulo, após sofrer uma parada cardiorrespiratória. A apresentadora estava com 83 anos.

Nascida em Taubaté, filha de Esther Magalhães Camargo e Segesfredo Monteiro Camargo, Hebe teve uma infância humilde. Na década de 1940, formou, com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis, a dupla caipira "Rosalinda e Florisbela". Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates, quando abandonou a carreir ainda na década de 1940, passando a se apresentar na Rádio Tupi em São Paulo.

Convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão de TV ao vivo no Brasil, a cantora estava no grupo que se dirigiu ao porto de Santos para receber os equipamentos que dariam início à primeira rede de televisão brasileira, a extinta TV Tupi. Mas não participou do evento de abertura da TV, pois, conforme declarou muitos anos mais tarde, “fugiu” da cerimônia para acompanhar um namorado que tinha outro compromisso no mesmo horário. Fato, segundo ela, que a livrou de cantar um hino “horroroso” criado para a ocasião.

Hebe foi casada duas vezes. Seu primeiro matrimônio foi com o empresário Décio Capuano. Ele foi o segundo namorado de Hebe e estavam morando juntos havia 15 anos. Hebe se casou no civil e na igreja em 14 de julho de 1964, de vestido rosa, pois, por tradição da época, a noiva que não fosse mais virgem não poderia usar branco e Hebe também já tinha 35 anos, ela achava feio se casar como uma jovenzinha.

No mesmo ano descobriu que estava grávida. Em 20 de setembro de 1965 deu à luz um menino, a quem batizou de Marcello de Camargo Capuano. A criança nasceu de parto normal, na Maternidade São Paulo, na Cidade de São Paulo, em um parto prematuro de 8 meses. Décio era muito ciumento, não aceitava a carreira de Hebe, tanto que ela interrompeu por 1 ano até voltar às rádios e tvs.

No período que morou com Décio, antes de se casar oficialmente, Hebe engravidou duas vezes mas sofreu aborto espontâneo. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de estar trabalhando demais na televisão, querendo que ela parasse de atuar na TV, e a acusava de ser a culpada pelos dois abortos sofridos, porque trabalhava demais. Depois de casada e conseguir ter seu filho, o jeito do marido não mudou, se tornando infeliz no casamento.

Não aguentando a oposição do marido a sua carreira e a crises conjugais, Hebe saiu de casa levando o filho do casal em 1971, e se divorciaram no mesmo ano. Morando sozinha com o filho Marcello, conheceu o empresário Lélio Rvagnani. Eles começaram a namorar e em 1973 casou-se com Lélio, que ajudou-a a criar seu filho, mesmo o pai indo vê-lo as vezes. Hebe e Lélio viveram um casamento feliz por 29 anos, até a morte dele, em 2000.

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