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Há 39 anos país volta às urnas para eleger governador, 22 anos após

As últimas eleições gerais no Brasil para escolha de governadores foram realizadas em 1960.

Faz hoje 39 anos, em 15 de novembro de 1982, que o eleitorado brasileiro compareceu às urnas para escolher os governadores de todos os Estados do país, depois de um longo período de 22 anos sem eleição direta, interrompida pelo golpe militar de 1964.  

As últimas eleições gerais no Brasil para escolha de governadores foram realizadas em 1960. Nessa eleição de 1982, os eleitores brasileiros puderam votar para governador, senador, deputados federais e deputados estaduais. A eleição direta para Presidente, contudo, só ocorreria sete anos depois, em 1989, quando foi eleito Collor de Mello, o primeiro escolhido pelo povo depois de 29 anos de interrupção do pleito direto. 

Fernando Collor de Mello, eleito em 1989 com um discurso de massa em que pregava o fim da corrupção, perderia o mandato menos de dois anos após a posse, acusado pelo Congresso exatamente pelo motivo que o levou à consagração popular, a corrupção. E não por seu fim, mas pela prática, conforme a Câmara Federal entendeu, aprovando sua cassação. Collor renunciou ao mandato no dia em que o plenário da Câmara aprovaria o fim de seu mandato. 

Há 39 anos país volta às urnas para eleger governador, 22 anos após  (Foto: Divulgação)

Na volta das eleições diretas, em 15 de Novembro de 1982, 58.616.588 eleitores compareceram às urnas. Nesse pleityo, valeu o chamado voto vinculado, em que o eleitor teria que escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de ter o voto anulado. O Governo, representado pelo PDS, obteve, no cômputo geral, a mesmo volume de votos alcançado pela soma dos quatro partidos de oposição (PMDB, PDT, PTB e PT).  

Governadores eleitos 

Em razão do voto vinculado tanto o governador quanto o vice-governador eram filiados a um mesmo partido. Nesta relação consta a legenda a que ambos pertenciam no momento da eleição, ignorando mudanças posteriores. Todavia, na mais relevante alteração do quadro partidário de então, sete dos governadores do Nordeste (Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) deixaram o PDS e ingressaram no PFL em 1985. Na Bahia o governador permaneceu no PDS e no Ceará o mandatário foi para o PMDB. 

O Território Federal de Rondônia, elevado à categoria de 23º estado brasileiro mediante a Lei Complementar nº 41 de 22 de dezembro de 1981, não pôde eleger seu governador pelo voto direto por força de um casuísmo, assim foi mantido no cargo o coronel do Exército Jorge Teixeira.

Estado 

Governador Eleito 

Partido 

Vice-governador 

Detalhes 

Acre 

Nabor Júnior 

PMDB 

Iolanda Fleming 

AC 1982 

Alagoas 

Divaldo Suruagy 

PDS 

José Tavares 

AL 1982 

Amazonas 

Gilberto Mestrinho 

PMDB 

Manoel Ribeiro 

AM 1982 

Bahia 

João Durval Carneiro[7] 

PDS 

Edvaldo Flores] 

BA 1982 

Ceará 

Gonzaga Mota 

PDS 

Adauto Bezerra 

CE 1982 

Espírito Santo 

Gerson Camata 

PMDB 

José Moraes 

ES 1982 

Goiás 

Iris Rezende 

PMDB 

Onofre Quinan 

GO 1982 

Maranhão 

Luís Rocha 

PDS 

João Rodolfo 

MA 1982 

Mato Grosso 

Júlio Campos 

PDS 

Wilmar Peres 

MT 1982 

Mato Grosso do Sul 

Wilson Martins 

PMDB 

Ramez Tebet 

MS 1982 

Minas Gerais 

Tancredo Neves 

PMDB 

Hélio Garcia 

MG 1982 

Pará 

Jader Barbalho 

PMDB 

Laércio Franco 

PA 1982 

Paraíba 

Wilson Braga 

PDS 

Silva Júnior[12] 

PB 1982 

Paraná 

José Richa 

PMDB 

Ferraz de Campos 

PR 1982 

Pernambuco 

Roberto Magalhães] 

PDS 

Gustavo Krause 

PE 1982 

Piauí 

Hugo Napoleão 

PDS 

Bona Medeiros 

PI 1982 

Rio de Janeiro 

Leonel Brizola 

PDT 

Darcy Ribeiro 

RJ 1982 

Rio Grande do Norte 

José Agripino Maia 

PDS 

Radir Pereira de Araújo 

RN 1982 

 Rio Grande do Sul 

Jair Soares 

PDS 

Cláudio Strassburger 

RS 1982 

Santa Catarina 

Esperidião Amin

 

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