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Há 27 morria Jânio Quadros, presidente que renunciou após 7 meses

Sua morte se deu em 16 de fevereiro de 1992.

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Faz hoje 27 anos da morte de Jânio da Silva Quadros, uma espécie de mito da política brasileira, que elegeu de forma atípica Presidente da República, para renunciar poucos meses depois, de maneira estranha, sem motivo real até hoje esclarecido. Sua morte se deu em 16 de fevereiro de 1992.

Além de Presidente do Brasil, Jânio foi prefeito da cidade de São Paulo e Governador do Estado, além de vereador e deputado estadual. Após sofrer três acidentes vasculares cerebrais que comprometeram sua condição física, ele não resistiu. Nascido no dia 25 de janeiro de 1917, em Campo Grande (MS), Jânio Quadros teve uma carreira política meteórica e também foi uma figura muito controversa. 

Após concluir a faculdade de Direito em São Paulo, em 1939, montou um escritório de advocacia no centro da capital paulista. Filou-se ao PDC, foi candidato a vereador em 1947, mas não conseguiu a votação necessária. Contudo, foi beneficiado pela suspensão do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a consequente cassação de seus parlamentares, sendo empossado vereador em 1948. 

Dois anos depois, tornou-se deputado estadual. Em 1953 foi eleito prefeito de São Paulo e, no ano seguinte, tornou-se governador do estado. Em 1960, decidiu concorrer à presidência do país pela União Democrática Nacional. Adotou uma postura populista durante sua campanha: era comum vê-lo comendo mortadela e também usava uma vassourinha como símbolo de limpeza contra a corrupção.

Foi eleito com 48% dos votos, tomando posse em janeiro de 1961. Durante seu governo provocou polêmica quando, por exemplo, conclamou o líder revolucionário cubano Ernesto Che Guevara para receber uma homenagem do governo brasileiro. O povo será a um tempo minha bússola e o meu destino. Nesse mesmo período, o vice-presidente João Goulart foi enviado à China comunista para reforçar laços de cooperação política e econômica. Essas atitudes geraram controvérsia e desconfiança de parte da sociedade brasileira, já que Jânio Quadros se declarava anticomunista. 

Em meio à polêmica e após apenas sete meses no governo, ele decidiu renunciar ao cargo de presidente, por conta de "forças terríveis". Seu vice, João Goulart, temido por diversos conservadores, assumiu o posto. Voltou à vida política no fim da década de 70 e foi derrotado na disputa pelo governo paulista. Nas eleições de 1985, contudo, elegeu-se prefeito de São Paulo, derrotando Fernando Henrique Cardoso. Após esse mandato, Jânio anunciou a sua aposentadoria e se retirou da vida pública.

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