A Gripe Espanhola, que se abateu sobre a humanidade, causando sofrimento e dor, a morte de pelo menos 50 milhões de pessoas no mundo, e mais de 35 mil só no Brasil, atingiu pessoas de todas as idades e de todos os níveis econômicos e sociais.
De reis a desempregados, de artistas a coveiros de cemitérios, a pandemia que aportou no Brasil em Setembro de 1918 e aqui ficou até meados de 1919, fez vítimas entre governantes, políticos, artistas, e até Presidentes de Repúblicas. Uns fatais, a exemplo do Presidente eleito para seu segundo mandato no Brasil, Rodrigues Alves. Infectado, ele nem tomou posse e morreu em janeiro de 1919.
Mas não foi só ele. O Rei Afonso XIII, da Espanha, foi infectado pela gripe espanhola, mas sobreviveu.
Outro que também foi tomado pelo vírus foi o tcheco Franz Kafka, um dos maiores escritores da humanidade em todos os tempos, quando estava no ápice da produção do seu grande livro O Processo.
Até o genial Walt Disney foi contagiado, uma década antes de criar o seu imortal Mickey Mouse.
A bela Greta Garbo, que se tornaria uma das maiores estrelas do cinema, teve a doença quando ainda era adolescente.
Franklin Delano Roosevelt, que seria Presidente dos Estados Unidos ao longo dos anos da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, foi outro acometido pela moléstia quando jovem.
Outro Presidente dos EUA, Woodrow Wilson, contraiu a doença enquanto participava das negociações de paz ao final da Primeira Grande Guerra, tendo que se afastar dessa missão.
Até mesmo Jacinta Marto e Francisco Marto, dois dos três irmãos que relataram as visões de Nossa Senhora em Fátima, morreram por causa da gripe espanhola em 1920.