No dia 10 de Setembro de 2017, precisamente às 13;10 UTC, o Furacão Irma atingiu a costa de Cudjoe Key, no Estado da Flórida, Estados Unidos, na qualidade de grande furacão. Com ventos máximos sustentados de 215 km/h, e uma pressão central de 929 mbar, tornando-o o furacão mais forte a atingir o estado a Flórida desde o Charley, em 2004, e o mais forte a atingir os Estados Unidos em termos de pressão desde o Katrina, em 2005.
A destruição causada pelo furacão Irma foi terrível, gerando uma ação demolidora que resultou em danos materiais superiores a 65 bilhões de dólares e contabilizando um total de 134 pessoas mortas na trajetória de sua evolução pela Flórida, tendo também atingido a costa de Cuba. Causou danos catastróficos em Anguilla, Antigua e Barbuda, Bahamas, Ilhas Turcas e Caicos, Ilhas Virgens, Porto Rico, São Bartolomeu e São Martinho.
A evacuação de turistas e moradores em razão da passagem do Furacão Irma foi a maior da história de Miami.
Foi o furacão mais forte já registado na bacia do Oceano Atlântico fora do Caribe e golfo do México, estando empatado com o furacão do Labor Day como o mais potente ciclone a fazer landfall já registado na bacia atlântica, assim como o mais forte furacão atlântico em termos de ventos máximos sustentados desde o Wilma, em 2005, e o mais intenso em termos de pressão desde o Dean, em 2007, assim como o primeiro de tal intensidade a fazer landfall em qualquer ponto da bacia Atlântica desde o Félix em 2007.
Irma foi também o primeiro furacão de categoria 5 a afectar as Ilhas de Sotavento setentrionais, e o segundo registado a atingir Cuba com tal intensidade, após um furacão registado em 1924. Adicionalmente, Irma fez landfall em Florida Keys com ventos de 215 km/h, e uma pressão de 929 mbar, tornando-o o furacão mais forte a atingir a Flórida em termos de velocidade do vento desde o Charley em 2004, e o mais intenso a atingir aquele estado em termos de pressão atmosférica desde o Andrew em 1992.
Irma foi um típico furacão do tipo Cabo Verde, tendo-se iniciado em 30 de Agosto próximo das ilhas de Cabo Verde, a partir de uma onda tropical que partira da costa ocidental africana dois dias antes. Foi o nono ciclone tropical nomeado, o quarto furacão, e o segundo grande furacão da temporada de furacões no Atlântico de 2017.
Devido às condições favoráveis, Irma rapidamente aumentou de intensidade, tornando-se um furacão de categoria 2 na escala de Saffir-Simpson em apenas 24 horas. Pouco depois tornou-se um furacão de categoria 3, sendo considerado assim um grande furacão. A intensidade flutuou durante os dias seguintes, devido a uma série de ciclos de reposição da parede do olho.
A 5 de Setembro, tornou-se um furacão de categoria 5, a maior da escala, atingindo no início do dia seguinte a sua maior intensidade, com ventos de 185 mph (298 km/h) e uma pressão mínima de 0,914 bar (686 mmHg). Isto coloca-o como o segundo maior furacão do Oceano Atlântico pela velocidade dos ventos, apenas ultrapassado pelo Allen, em 1980, que alcançou velocidades de 190 mph (306 km/h). Irma manteve esses ventos de 295 km/h durante 37 horas, ultrapassando o recorde do Allen, que manteve ventos de 285 km/h durante 18 horas. Adicionalmente, Irma conseguiu uma das mais longas durações de ventos de categoria 5 jamais registadas. A baixa pressão barométrica faz também com que seja considerado o maior ciclone tropical de 2017 até à data. Após diminuir para a categoria 3 ao passar por Cuba, voltou a subir novamente para categoria 4 à medida que atravessava águas mais quentes entre Cuba e as Florida Keys.