Em 16 de junho de 1955, Buenos Aires, capital da Argentina, viveu um dos dias mais sangrentas e trágicos de sua história, quando pilotos das Armadas lançaram várias bombas contra uma multidão que se manifestava em defesa de Juan Domingo Peron, o popular presidente do País, que sofria grande oposição das elites econômicas e políticas locais.
Os ataques feitos por pilotos da Armada Argentina contra manifestantes desarmados, indefesos, matou 364 pessoas e deixou mais de 800 feridos. Os militares se juntavam àqueles que queriam tirar Peron do poder. Enquanto os pilotos, no ar, jogavam bombas e matavam populares que se manifestavam, ao mesmo tempo, em terra, soldados tentavam por em prática um golpe contra o governo, ação que foi reprimida pelas forças leais.
A Argentina vivia sob o peronismo, que é como conhecemos o período da história argentina em que Juan Domingo Perón foi o presidente desse país. O fenômeno do peronismo aconteceu especificamente entre 1946 e 1955 e entre 1973 e 1974. Essa tragédia aconteceu exatamente no primeiro período primeiro período do peronismo, que aconteceu entre 1946-55.
O líder do peronismo, Juan Domingo Perón, é considerado como um dos grandes símbolos do populismo na América Latina. Juan Domingo Perón governou a Argentina em dois mandatos, entre 1946 e 1955, e teve seu segundo mandato interrompido por um golpe militar que forçou seu exílio do país.
O regime de Perón também é muito comparado com o governo de Getúlio Vargas, presidente do Brasil entre 1930 e 1945 e entre 1951 e 1954. Existem muitas semelhanças entre os dois regimes, mas é importante frisar que são fenômenos políticos que surgiram como resultado do contexto político de cada um dos países envolvidos. Os dois governos, porém, são encarados como governos populistas.