Em 21 de setembro de 2013, grupos islâmicos formados por elementos fortemente armados atacaram o centro comercial Westgate, um shopping de luxo na capital do Quênia, Nairóbi, matando, no momento, 67 pessoas e deixando centenas de feridos.
A milícia radical islâmica somali Al-Shabab, reivindicou o ataque, perpetrado como retaliação à presença de militares do Quênia na missão da ONU na Somália, onde o país integra tropas de paz africanas para conter os militantes islâmicos.
O terrorismo islâmico (também conhecido como terrorismo islâmico ou terrorismo islâmico radical) refere-se a atos terroristas com motivações religiosas realizados por militantes islâmicos fundamentalistas e extremistas islâmicos.
Incidentes e fatalidades do terrorismo islâmico se concentraram em oito países de maioria muçulmana (Afeganistão, Egito, Iraque, Líbia, Nigéria, Paquistão, Somália e Síria), enquanto quatro grupos extremistas islâmicos (Estado Islâmico, Boko Haram, Talebã e Al-Qaeda) foram responsáveis por 74% de todas as mortes por terrorismo em 2015. O número anual de mortes por ataques terroristas cresceu acentuadamente de 2011 a 2014, quando atingiu um pico de 33 438, antes de cair para 13 826 em 2019.
Dois anos depois do ataque a um shopping center de Nairóbi que deixou 67 mortos, o grupo extremista islâmico Al-Shabab volta a realizar um atentado no Quênia, quando militantes do Islamismo radical invadiram uma universidade na cidade de Garissa, próxima à fronteira com a Somália, matando a tiros pelo menos 147 pessoas e fazendo outras dezenas de estudantes reféns, segundo autoridades.
Há relatos de que cerca de 79 pessoas tenham se ferido durante a invasão da universidade, e militantes ainda mantinham reféns em seu poder na tarde desta quinta.
Trata-se de mais um episódio de retaliação do Al-Shabab contra as autoridades quenianas. O grupo extremista tem como base a Somália e repudiou a decisão de Nairóbi de enviar tropas para o país vizinho há quatro anos, como parte de um esforço internacional para reprimir as atividades extremistas.
Considerado organização terrorista por autoridades dos EUA e da Grã-Bretanha, o Al-Shabab quer criar um Estado islâmico na Somália, país há décadas marcado pela instabilidade política e pela falência do governo central - de 1991 a 2012, por exemplo, o país ficou sem governo formal.
O Al-Shabab, que tem elos com a rede al-Qaeda, vem promovendo ataques contra o Quênia desde 2011, quando tropas quenianas entraram no sul da Somália para combater os militantes do grupo.