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Explosão suicida em formatura de medicina mata 18 pessoas

Um homem disfarçado de mulher, repleto de explosões grudados ao corpo, se fez explodir em plena festa de formatura.

O que era para ser um momento de confraternização, de regozijo e esperança- uma festa de formatura de estudantes de Medicina de uma universidade de Mogadíscio, na Somália, África, transformou-se numa noite de terror e morte. A tragédia aconteceu no dia 3 de Dezembro de 2009. 

Um homem disfarçado de mulher, repleto de explosões grudados ao corpo, se fez explodir em plena festa de formatura, matando 18 pessoas, dentre as quais três ministros do Governo da Somália que prestigiavam a solenidade.

Foto: Farah Abdi Warsameh/AP

A explosão ocorreu num salão do hotel Shamo, que estava lotado devido à cerimônia de formatura de estudantes de medicina de uma universidade local. De acordo com o ministro da Informação somali, Dahir Mohamud Gelle, o suicida usava uma roupa de mulher "completa, com um véu e sapatos femininos". 

Dos cinco ministros que participavam da cerimônia, morreram a ministra da Saúde, Qamar Aden Ali, o ministro da Educação, Ahmed Abdulahi Waayeel, e o ministro da Educação Superior, Ibrahim Hassan Addow. Três jornalistas também ficaram entre os mortos. O corresponde da BBC disse ter visto vários corpos colocados no chão, do lado de fora do hotel, que fica no centro da capital somali. 

Foto: Feisal Omar/Reuters

Também segundo Hassan, havia poucas forças de segurança dentro do hotel - os guarda-costas dos ministros estavam todos do lado de fora. O presidente da Somália, Sharif Sheikh Ahmed, descreveu o ataque como um "desastre nacional". 

De acordo com o correspondente da BBC para o leste da África Will Ross, o alvo do ataque pode ter sido o grupo de autoridades do governo de transição da Somália. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas grupos islâmicos lutam contra o governo da Somália, que conta com o apoio da ONU. Estes grupos controlam várias áreas do país. As tropas do governo são frequentemente atacadas pelo grupo militante Al-Shabab, que é suspeito de ter ligação com a organização Al-Qaeda.

Foto: AP

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