Em 19 de Agosto de 2003, em Bagdá, Capital do Iraque, uma forte explosão de carro-bomba atingiu hoje a sede da ONU (Organização das Nações Unidas), matando o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello e mais outras 20 pessoas, e deixando feridas outras 55.
A explosão ocorreu na região do hotel Canal, que abriga o quartel-general da ONU na capital iraquiana, às 16h40 (9h40 em Brasília). "Ao menos 200 pessoas trabalhavam no prédio quando ocorreu o atentado", disse Veronique Taveau, porta-voz da ONU.
O diplomata brasileiro Vieira de Mello era o representante especial da ONU para o Iraque e esgtava num momento de grande expressão internacional, sendo reconhecido peloa ONU como uma pessoa qualificada, de grande diálogo, capaz de realizar expressivos entendimentos. Ele morreu soterrado sob os escombros. Seu escritório foi destruído pela explosão. Equipes de resgate lutaram por várias horas para tentar retirar o diplomata das ruínas, mas uma barra de ferro que caiu sob as pernas do brasileiro, impedia que ele se movimentasse.
Segundo Salim Lone, porta-voz da ONU, a explosão ocorreu debaixo da janela de Viera de Mello. "Acho que foi planejado para isso." A explosão feriu também Benon Sevan, diretor do programa Petróleo por Comida no Iraque, que estava dando uma entrevista coletiva no local.
A explosão danificou janelas de casas instaladas a 1,5 km da sede da ONU em Bagdá, disseram testemunhas.
Dezenas de veículos blindados norte-americanos foram enviados ao local, além de pelo menos dois helicópteros militares estrangeiros foram feridos." Ahad afirmou ter tirado três corpos dos escombros pessoas lá dentro porque ninguém tinha ido para casa ainda", disse Fouad Victor, um funcionário da ONU que estava dentro do hotel quando ocorreu a explosão.
A Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelo atentado e informou que Vieira de Mello, funcionário há 34 anos das Nações Unidas, era o principal alvo da ação.
Vieira de Mello, funcionário de carreira da ONU, desenvolveu trabalhos no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Recebeu o prêmio das Nações Unidas de Direitos Humanos. Trabalhou em diversos países, entre eles Timor Leste, Camboja e Vietnã.