Uma carta inédita deixada por Michael Jackson, morto em 2009, e só ontem relevada em publicação feita pelo jornal inglês The Sun, torna público o posicionamento crítico sobre a desigualdade racial na mídia e nos meios artísticos dos Estados Unidos, e faz severas restrições a artistas famosos como The Beatles e Elvys Presley.
“Eles não são melhores que os artistas negros”, disse Michael Jackson. A carta foi escrita em 1987 e finalmente revelada. A publicação divulgou o texto, no qual o cantor fala da desigualdade racial na mídia e no meio artístico e critica alguns famosos da época, como os Beatles, Bruce Springsteen e o Elvis Presley.
“Esses caras [Os Beatles] eram bons, mas não melhores cantores ou dançarinos do que os artistas negros”, declarou. Sobre Springsteen, Michael Jackson disse que ‘mostraria a ele quem é que manda’ e sobre Presley, garantiu que ele não era o Rei.
No texto, Michael também acusa revistas populares e a emissora MTV de evitar artistas negros e avisou que ele seria considerado o próximo Rei. “Eu não sou preconceituoso. Mas agora é hora do primeiro Rei Negro”, escreveu. Na carta, Michael Jackson disse que sua meta para Thriller era vender 200 milhões de cópias, em 1982, para que pudesse se tornar uma inspiração para crianças de todos os cantos do mundo.
Michael Jackson dizia que tinha o sonho de combater o preconceito e principalmente alcançar os pais que criavam seus filhos para serem preconceituosos. “Meu objetivo é me tornar grande e poderoso, para me tornar um herói, para acabar com o preconceito, para fazer essas ‘criancinhas brancas’ me amarem e fazê-los me respeitarem. Eu vou mudar o mundo”, garantiu.
Apesar do sucesso de Jackson, a meta elevada não foi batida. Ele vendeu mais de 66 milhões de cópias de Thriller. Ainda assim, o artista conseguiu ser amado por milhares e milhares de fãs de todas as raças e partes do mundo. “Eu quero o que é justo. Eu quero que todas as raças se amem como uma”, finalizou sua carta.