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Duas bombas explodem em Ancara, Turquia e deixa 118 pessoas mortas

Bombas explodiram simultaneamente durante manifestação pela paz. Explosões ocorreram em frente à Estação Central de trens da capital, Ancara.

A Capital da Turquia, Ancara, teve a manhã de sábado 10 de Outubro de 2015 imersa no pavor, quando duas potentes bombas explodiram simultaneamente na principal estação de trens, matando 118 pessoas e deixando 246 feridas, 48 delas em estado grave. O atentado terrorista aconteceu durante uma manifestação sindical de trabalhadores, exatamente em defesa da paz nesse país que vive historicamente em conflitos internos.

Um comunicado do gabinete governamental diz ainda que os procuradores de Ancara estão trabalhando na identificação e autópsia das vítimas fatais.

Vítimas de ataque - Foto: AFP

Mais cedo, o ministro turco da Saúde, Memet Müezzinoglu havia afirmado que "62 pessoas morreram no ato".

A manifestação contava com milhares de participantes e foi convocada pelos colégios de Engenheiros e Médicos e dois sindicatos de esquerda.

Autoridades estão investigando informações de que um homem-bomba detonou seus explosivos e que as explosões foram um atentado terrorista. Um oficial turco, que não quis se identificar, disse que nenhum veículo foi destruído nas explosões.

"Existem provas claras que demonstram que este ataque foi lançado por dois suicidas", afirmou o primeiro-ministro islamita-conservador turco, Ahmed Davutoglu, que também anunciou três dias de luto nacional pela tragédia.

A representante da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, convocou a Turquia a permanecer unida contra os terroristas. "O povo turco e todas as forças políticas devem permanecer unidas diante dos terroristas e contra todos os que tentam desestabilizar o país, que enfrenta muitas ameaças."

Explosões deixam centenas de feridos -  Foto: AFP

O gabinete do primeiro-Ministro turco Ahmet Davutoglu informou que ele se reuniu com o vice-primeiro-ministro Yalcin Akdogan, funcionários do governo e chefes de segurança, para discutir o caso. "Condenamos este ataque atroz contra nossa democracia e a paz de nosso país", disse o ministério.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou o atentado e o comparou aos ataques da guerrilha curda contra soldados e policiais turcos.

Erdogan chamou a tragédia de "um abominável ataque contra a unidade e convivência", e acrescentou que ele "não se distingue em nada dos atos de terror contra cidadãos inocentes, servidores, policiais e soldados", em referência às ações do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

"Somos contra todo tipo de terror e de organização terrorista. Devemos estar todos unidos contra isso, trabalharemos juntos para esclarecer (os atentados). Acredito que os responsáveis serão conhecidos o quanto antes e entregues à Justiça.", disse Erdogan.

O ataque ocorre a três semanas das eleições legislativas antecipadas, previstas para o dia 1º de novembro. O clima político está abalado pelos confrontos diários e sangrentos entre as forças turcas e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no sudeste de maioria curda.

A cúpula do PKK anunciou neste sábado que estabelecerá um cessar-fogo unilateral até as eleições. Em comunicado, divulgado pela agência curda Firat, o PKK diz que seus militantes "suspenderão as ações previstas" e "evitarão todo movimento, salvo em defesa própria", medidas tomadas para evitar as acusações do governo turco de que a guerrilha põe a segurança do pleito em perigo.

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