Acidente ferroviário de grandes proporções, ocorrido na Estação de Itaquera, em São Paulo, causou a morte de 51pessoas no local, e deixou outras sendo e 153 feridos, muitos com severa gravidade, alguns deles vindo a falecer posteriormente. A tragédia se deu no dia 17 de Fevereiro de 1987.
As composições do acidente foram construídas pela Mafersa, denominada série 431 pela RFFSA, em 1978. Uma das composições envolvidas no acidente foi recuperada e modificada pela RFFSA, sendo instalada uma janela central em sua máscara frontal (semelhante ao TUE Série 4400). Este trem está aposentado, devido a um incêndio em seu painel elétrico.
O choque entre os dois trens foi um dos acidentes ferroviários com maior número de vítimas fatais do Brasil.
O acidente envolveu duas composições: a primeira, de prefixo UW 56, havia partido da estação Roosevelt (atual Brás no município de São Paulo) em direção a Mogi das Cruzes; enquanto a segunda, de prefixo UW 77, saía do município de Mogi das Cruzes para o centro de São Paulo no sentido inverso. Ambas as composições carregavam em torno de 3 000 passageiros cada uma. Em razão da ocorrência de obras de manutenção dos trilhos, a composição que partiu de São Paulo mudou de linha por alguns quilômetros, circulando na contra-mão.
Em torno das 15h27 horas, quando a primeira locomotiva finalizava a manobra de desvio, os dois comboios se chocaram. A primeira locomotiva estava a uma velocidade de aproximadamente 40 km/h, enquanto a segunda estava a 70 km/h, causando um choque que rompeu a estrutura metálica de ambas as composições, sendo que a locomotiva de São Paulo foi atingida a partir do 4º vagão.
Investigações
Inicialmente, foi atribuída uma falha humana como responsável pelo acidente. O maquinista da segunda composição estaria trafegando em velocidade maior que a permitida para o trecho, e teria acionado os freios somente a 300 metros da composição que partira de São Paulo, onde o ideal seria a 500 metros. Entretanto, outras investigações apontaram a má sinalização como uma das causas do acidente, já que constatou-se a inexistência de um semáforo (que indicaria atenção ou parada imediata, removido por conta de manutenção) no trecho que antecedia o nó de mudança de trilhos.