O choque de dois trens na cidade de Alexandria, no Egito, causou a morte de 43 pessoas e deixou várias dezenas feridas. Somente nos hospitais da cidade 132 pessoas permanecertam internadas por dias e o número total de feridos chegou a 179. A maioria das vítimas tem ferimentos leves ou moderados e prognóstico estável, o porta-voz do Ministério de Saúde e Moradia, Khaled Muyahid.
A tragédia ocorreu em 11 de Agosto de 2017.
As duas locomotivas - uma que vinha da capital Cairo (ao sul de Alexandria) e a outra vinha da cidade de Port Said (ponta norte do Canal de Suez) – colidiram frontalmente.
O acidente, ocorrido às 14h15 (9h15 no horário de Brasília) perto da estação Khorshid, provocou o descarrilamento do motor de um trem e de dois vagões de outro, informou a Autoridade Ferroviária Egípcia.
O maquinista do trem procedente do Cairo, que investiu contra outro comboio, entregou-se à polícia. Ele foi levado à delegacia para ser submetido a um interrogatório.
Segundo a declaração da Autoridade Ferroviária Egípcia, um trem colidiu com outro que estava estacionado, resultando em cerca de quarenta mortos e mais de cem pessoas feridas.
O acidente resultou na paralisação do transporte da linha Alexandria-Cairo, que só foi retomado no dia seguinte e em apenas uma ferrovia, pois a outra havia sido danificada durante a colisão. As investigações revelaram que o motorista do trem expresso 13, Emad Helmy, foi responsável pela causa do acidente. Ele foi, posteriormente, detido.
Os reis do Barém e da Jordânia enviaram suas condolências, bem como o presidente da Palestina e algumas embaixadas. A colisão também serviu para repercutir tópicos sobre a má qualidade do sistema ferroviário no país.
Uma testemunha que presenciou o acidente de sua residência disse que os trens araram uns nos outros, "formando uma pirâmide".O passageiro Moumen Youssef, por sua vez, disse à imprensa que encontrou quatro vagões esmagados e muitas pessoas no chão. O funcionário Sababa Al-Amin, que compareceu ao local do acidente para ajudar a equipe de resgate, disse que havia "muitos corpos cobertos por lençóis brancos." Segundo um anônimo, os civis levaram água e açúcar para os feridos, enquanto outros retiravam os destroços com o auxílio de seus próprios caminhões.
Os números de vítimas fatais e de feridos foram especulados pelos meios de comunicação e as autoridades do país: os primeiros relatos indicavam cerca de cinquenta mortos e mais de cem feridos. Posteriormente, o Ministério da Saúde reduziu o número de vítimas fatais para 42, enquanto o Ministério dos Transportes para 41.
O transporte ferroviário da linha Alexandria-Cairo foi retomado no dia seguinte ao acidente, depois que os trilhos foram limpos. A segunda ferrovia, no entanto, foi danificada durante a colisão e, como consequência, o tráfego de trens operou em uma única ferrovia em ambas as direções, segundo o porta-voz do Ministério do Transporte do Egito, Mohammed Ezz.
Em 4 de outubro de 2017, o procurador geral encaminhou quatro suspeitos envolvidos na colisão para o julgamento criminal. No mês seguinte, as investigações com funcionários da Autoridade Ferroviária Egípcia revelaram que o motorista do trem expresso 13, Emad Helmy, foi responsável pela causa do acidente. Este trem estava se locomovendo em alta velocidade, ignorando os sinais fixos e ultrapassando o semáforo vermelho, o que levou a colisão, acrescentou a investigação. O trem de Porto Said, por sua vez, estava funcionando corretamente, mas esperava justamente o trem expresso 13. O motorista deste acendeu o sinal vermelho, mas a velocidade do trem expresso não disponibilizou a frenagem.
Inicialmente, a promotoria de Alexandria colocou sob custódia o motorista e o assistente do trem de Porto Said, mas recuou após o andamento das investigações. Ela também decidiu liberar os funcionários do trem de Porto Said e da estação; contudo, convocou dez funcionários da Autoridade Ferroviária para depor. O chefe da estação também foi convocado para questionar o que poderia ter causado o acidente e sobre seu papel como oficial na coordenação de trens sucessivos.