Freddie Mercury, o pianista, vocalista e compositor que se tornou líder da famosa banda britânica Queen, embora tenha se transformado num dos artistas mais admirados, queridos e seguidos do mundo, foi pouco conhecido em sua terra natal. Ele reinou absoluto no Reino Unido, onde fez carreira, mas pouca gente na Cidade de Pedra, Zamzibar, atualmente Tanzânia, tinha conhecimento de quem era esse cara nascido em 5 de Setembro de 1946, nesse longínquo país da África Oriental.
E certamente incomodados com essa baixa popularidade no lugar em que Freddie nasceu, que um pequeno grupo de amigos e amigos do artista resolveram criar um Museu no exato imóvel em que ele nasceu, criando o Mercury House em Zanzibar. O antigo empresário de Freddie e a amiga Andrea Boero fizeram uma parceria com a Queen Productions, no Reio Unido, para converter a casa em museu, que foi inaugurado em 24 de Novembro de 2019. Pouco tempo depois teve que fechar as portas em decorrência da pandemia do Coronavírus.
Mas vencido esse período, esse lugar situado em um beco pequeno e estreito no histórico bairro de Stone Town, na ilha africana de Zanzibar, um prédio antigo floresceu e segue atraindo visitantes. Fotografias desbotadas estão afixadas do lado de fora da porta. Dentro, uma galeria de fotos brilhantes e recortes de jornais antigos abre caminho para a peça central da sala: um piano preto com uma história interessante.
Um jovem zanzibarita tocou aquele piano. Seu nome era Farrokh Bulsara. Esse jovem que trocou de nome certamente você só o conhece melhor como Freddie Mercury.
PUBLICIDADE
O extravagante líder da banda de rock britânica Queen nasceu em Zanzibar, uma ilha semiautônoma na costa da Tanzânia. Este museu é dedicado à memória dele.
Verdadeiro caldeirão de culturas e tradições, Zanzibar é conhecida por seu magnífico pôr do sol e pelas especiarias. O local cresceu em popularidade como destino turístico depois que Stone Town foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 2000.
Com “Bohemian Rhapsody”, o filme de 2018, que rendeu um Oscar a Rami Malek, por sua interpretação de Freddie Mercury, a popularidade do falecido cantor também entrou em ascensão em Zanzibar.
O empresário local Javed Jafferji é um dos proprietários do Freddie Mercury Museum. Jafferji era um estudante universitário em Londres em meados dos anos 1980, quando se tornou fã da banda. “Naquela época, poucas pessoas sabiam que [Mercury] era de Zanzibar”, contou.
Ainda hoje, muitas pessoas não conhecem as raízes zanzibaritas do cantor, diz Jafferji. Seu objetivo é colocar Stone Town no mapa da história do rock.