Este 21 de Junho registra o marco mais extraordinário da Seleção Brasileira de Futebol, a conquista do tricampeonato mundial, quando pôs em campo aquele que é considerado até hoje o melhor elenco de todos os tempos. O Brasil encantou no México e todo o mundo ainda reverencia a Seleção de Zagallo, que conseguiu as proezas de vencer, encantar todos e trazer um legado nunca visto para o futebol modern.
Essa conquista memorável aconteceu em 1970, hoje passados exatos 50 anos, aconteceu no estádio Azteca, na cidade do México, para um público de 108 mil pessoas. A final foi Brasil e Itália, com vitória brasileira por 4 X 1.
Quando o Capitão Carlos Alberto Torres levantou a taça, o público foi ao delírio.
Aquele time seria considerado o melhor de todos os tempos e trouxe para o país a posse da taça Jules Rimet em definitivo. O fato é que Zagallo, aos 39 anos na época, teve a sabedoria de unir as melhores qualidades dos jogadores para consolidar o impecável grupo, ainda que fossem necessárias muitas etapas até que a conquista realmente se tornasse concreta.
O time só tinha craques: Clodoaldo, Gerson e Rivelino; Jairzinho, Tostão e Pelé;Paulo César Caju e Edu; Carlos AAlbetrto Torres, Piazza, Everaldo e Félix. O técnico era Mário Lobo Zagallo.
Passados exatos 50 anos da conquista espetacular no México, comemorados hoje, todo o mundo ainda reverencia a Seleção de Zagallo, que conseguiu as proezas de vencer, encantar todos e trazer um legado nunca visto para o futebol moderno.
Ironicamente, o título começou a se desenhar quatro anos antes, depois da vexatória eliminação brasileira na primeira fase do Mundial da Inglaterra. Favorito à conquista, o Brasil pecou na desorganização, levou um time envelhecido e despreparado e ainda foi vítima da violência dos adversários – sobretudo Pelé. Havia a necessidade de uma rápida renovação, e, aos poucos, vários campeões saíram de cena: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Zito, Orlando Peçanha e Garrincha vestiram pela última vez a amarelinha.
A escolha do treinador seria outro desafio. Sem uma opção com mais credibilidade, o então presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) João Havelange optou pelo nome de João Saldanha, então um dos mais renomados cronistas esportivos da época. Com ele no comando, a Seleção tinha a base de Botafogo, Santos e Cruzeiro e passeou nas Eliminatórias, com show do artilheiro Tostão, que marcou 10 gols: 100% de aproveitamento nos seis jogos.
Mas alguns problemas permaneciam, e uma repentina queda de produção meses antes da Copa do Mundo ameaçava o sucesso da Seleção. Saldanha foi demitido do cargo em 17 de março de 1970, menos de três meses antes da estreia na competição. Sob seu comando, a equipe perdeu apenas uma vez, para a Argentina, em Porto Alegre, mas os últimos resultados antes da demissão não eram nada satisfatórios.
O episódio que envolveu Dadá Maravilha e o presidente Emílio Garrastazu Médici teria sido a gota d'água para o encerramento precoce da história do jornalista com o time – o general fazia pressão para que o atacante do Atlético fosse convocado e o treinador não aceitava. Comunista confesso, Saldanha também tinha problemas de relacionamento com membros da comissão técnica. Muitos diziam, na época, que o temperamento do treinador, avesso a críticas e rumores, também ajudou em sua saída.