A data de hoje marca um dos episódios mais trágicos da história da humanidade, quando os Estados Unidos e seus aliados na Segunda Guerra Mundial, lançaram sobre a cidade de Hiroshima a bomba atômica de urânio (Little Boy), em 6 de agosto de 1945, ação exterminadora que foi seguida pela explosão de uma bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre outra cidade japonesa, Nagasaki, apenas três dias depois, em 9 de agosto.
A mais violenta ação dos EUA, executada quando a Segunda Guerra, na Europa, já havia acabado desde maio de 1945, gerou a morte imediata de nada menos do que 70 mil pessoas, e milhares de outros seres humanos morreriam nos meses seguintes graças a outros atentados e por anos e anos seguiriam morrendo em decorrência do poder contaminador que as bombas atômicas provocaram nos seres humanos e no meio-ambiente. Esse foi o primeiro e único momento na história em que armas nucleares foram usadas em guerra e contra alvos civis.
Mesmo com a guerra tendo acabado na Europa, inclusive com a assinatura de um armistício entre os envolvidos, o Japão seguira em resistência. A guerra na Europa terminou quando a Alemanha nazista assinou o acordo de rendição em 8 de maio de 1945, mas a Guerra do Pacífico continuou. Depois de uma campanha de bombardeios que destruiu várias cidades japonesas, os Aliados preparavam-se para uma invasão do Japão.
Em 15 de agosto, poucos dias depois do bombardeio de Nagasaki e da declaração de guerra da União Soviética, o Japão anunciou sua rendição aos Aliados. Em 2 de setembro, o governo japonês assinou o acordo de rendição, encerrando a Segunda Guerra Mundial. O papel dos bombardeios na rendição do Japão e a sua justificação ética ainda é motivo para debates, sendo considerados uma das maiores barbáries da história da humanidade.