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Boeing 737 faz pouso forçado na selva amazônica e 12 pessoas morrem

O avião decolara de Marabá, com destino a Belém, no Pará, para encerrar uma maratona que começara no início da manhã, em São Paulo.

Foi em 03 de Setembro de 1989 que aconteceu um dos acidentes mais misteriosos da aviação brasileira, quando o Voo Varig 254 , um Boeing 737-241, sumiu na selva amazônica, causando grande mistério. O aparelho, por falta de combustível, fez um pouso forçado sobre as árvores da floresta. Quanto os destroços do aparelho foram localizados quatro dias após, haviam 12 pessoas mortas e 42 sobreviventes, muitos deles , num total de 16, estavam com ferimentos graves.

O avião decolara de Marabá, com destino a Belém, no Pará, para encerrar uma maratona que começara no início da manhã, em São Paulo, fazendo pousos em  Uberaba, Uberlândia, Goiânia, Brasília, Imperatriz e Marabá, até seu destino final, que seria Belém. Era comum na aviação comercial brasileira, à época, esse tipo de longas maratonas, com a prática dos chamados “pinga-pinga.”

A partir do sumiço, estabeleceu-se um mistério. As autoridades aeroviárias não tinham a menor ideia sobre o destino do avião. Somente no dia 05 um pequeno grupo, deslocando-se bravamente pela floresta densa, conseguiu chegar a uma casa de fazenda e informou aos proprietários a localização dos destroços. Só daí foi possível localizar os destroços e fazer o resgate. 

Após a decolagem do Aeroporto de Marabá, a aeronave, ao invés de tomar o rumo em direção ao norte para Belém, virou e passou a ir em direção oeste. Ao perceber o erro, os pilotos ficaram perdidos e não conseguiram retornar a qualquer aeroporto, tendo que fazer um pouso de emergência na selva. As pessoas a bordo tiveram que esperar mais de dois dias até a chegada do primeiro resgate da Força Aérea Brasileira. Entre os 54 passageiros e tripulantes a bordo, doze morreram no momento do acidente ou no tempo de espera do resgate. Dos 42 sobreviventes, dezessete tiveram ferimentos graves e 25 sofreram ferimentos leves.

O acidente foi o mais mortífero da aviação do país envolvendo um Boeing 737 até então, sendo superado posteriormente pelo voo Gol 1907, em 2006.

O acidente foi investigado pela Força Aérea Brasileira, através do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER, atual CENIPA), com o relatório final emitido em 23 de abril de 1991. O SIPAER concluiu que o acidente foi causado por erros cometidos pelos pilotos, no momento de repassar o plano de voo para a aeronave, e ao não verificar fatores importantes durante a viagem, como a leitura incorreta de proa pelo comandante. À medida em que as responsabilidades eram apuradas, no entanto, evidências de erro na pilotagem começaram a aparecer. Os relatórios indicaram que a equipe na cabine pode ter passado informações incorretas ao controle aéreo.

Zille tinha 28 anos à época, e afirma que tentou dissuadir o piloto do erro. O medo, no entanto, o teria "paralisado". “Ele passou uma informação para o controle de Belém dizendo que teve uma desorientação cartográfica. Quando olhei, vi que não tinha pane nos instrumentos. Tinha acabado de completar 1 ano de Varig. Tive medo.”

A apuração, a cargo da Aeronáutica, concluiu que comandante e copiloto inseriram uma rota no sistema de navegação do avião diferente da real – "270", em vez de "027". O avião voou até acabar o combustível e fez o pouso forçado.

Bebê escapou ileso de acidente aéreo

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