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Balsa naufraga na costa da Finlândia e deixa 823 pessoas mortas

As buscas pelos corpos foram demoradas, em decorrência das circunstâncias do naufrágio.

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O afundamento da balsa Estônia, na costa da Finlândia, em 28 de Setembro de 1994, com 964 pessoas a bordo, causou a morte de 823 pessoas. Só 141 dos ocupantes da balsa conseguiram se salvar. Este foi o maior naufrágio na Europa desde o fim da Segunda Guerra. 

As buscas pelos corpos foram demoradas, em decorrência das circunstâncias do naufrágio. Na noite do primeiro dia, quando as buscas foram interrompidas com a chegada da noite, 781 pessoas ainda estavam desaparecidas, diante da certeza de era praticamente impossível alguma delas ter sobrevivido nas águas geladas, a menos de 10ºC, do mar Báltico.

A Balsa transportava passageiros e seus carros.

"Pelo monitor de TV na sala das máquinas nós vimos a água entrando no convés dos carros. Acho que o mar pesado de alguma forma arrebentou a entrada do convés dos carros", disse Henri Sillaste, um dos tripulantes.

A água desequilibrou o barco que, em poucos minutos, virou.

A Estonia era uma balsa para transporte de passageiros e carros que fazia a linha Tallinn, na Estônia, a Estocolmo, na Suécia. O barco, fabricado na Alemanha em 1980, tinha capacidade para 2.000 passageiros e 460 carros.

No momento do naufrágio a balsa carregava 522 suecos, 340 estonianos, além de passageiros da Noruega, Letônia, Lituânia, Rússia, Reino Unido e Nigéria. O barco enfrentava mar pesado e ventos de 90 km/h no mar Báltico.

À 1h24 local do dia 28 de setembro (8h24 de Brasília) o Estonia enviou uma chamada de emergência. Segundo porta-voz do porto de Tallinn, o motor principal do barco havia parado e a balsa enfrentava ondas de sete a dez metros de altura. O porta-voz disse que, sem os motores, "a tempestade pode ter feito qualquer coisa com o barco".

Andres Berg, vice-diretor da Nordstrom e Thulin AB, companhia sueca co-proprietária da balsa, disse que isso não seria causa suficiente. "Ela deveria ser capaz de derivar sem motores mesmo em mar muito pesado", disse.

O tripulante Sillaste havia dito à agência sueca ITT que uma das portas de embarque de automóveis não fora fechada corretamente.

Dois dias antes do Estonia partir, dois inspetores suecos notificaram que a borracha que veda as portas do barco "não parecia bem". Segundo Ake Sjoblom, um dos inspetores, o estado da vedação "não era suficientemente ruim para reter o barco" nem para causar o acidente. Segundo ele, o barco era bastante bem conservado.

Uma outra hipótese aventada foi a de que os automóveis dentro da balsa tenham sido deslocados pelas ondas desequilibrando o navio.

Grande parte do passageiros estava dormindo no momento do acidente. Neste tipo de barco vendem-se bebidas alcoólicas sem imposto e na Suécia as linhas que eles fazem são conhecidas como "linhas do porre".

Muitos dos passageiros estavam sem condições de reagir, segundo Raio Tiilikainen, da Guarda Costeira Finlandesa que chefiou a operação de resgate.

Pelo menos 18 helicópteros da Finlândia, Suécia e Dinamarca, um avião e mais de 10 barcos participaram da operação de resgate.

As equipes avistaram vários botes salva-vidas mas a maioria estava virada pelo mar tempestuoso.

Os sobreviventes encontrados foram levados para hospitais finlandeses e suecos com ferimentos e hipotermia.

Em contato com a água o corpo esfria mais rapidamente do que no ar à mesma temperatura. A queda de temperatura do corpo causa a fibrilação, que é a contração descoordenada das fibras musculares do coração levando à morte.



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