Uma das maiores alegrias trazidas ao povo brasileiro através dos desportos, aconteceu nesta data, em 20 de Outubro de 1991, quando o genial Ayrton Senna conquistou o seu terceiro título no campeonato mundial de automobilismo, na Fórmula I, durante o GP de Suzuka, no Japão. Ao cruzar a linha de chegada em segundo lugar, depois de 53 voltas, a bandeirada final marcou não só o último título de Senna na F1 como também a última do Brasil na categoria.
Para comemorar o tri, o site oficial do Senna selecionou os cinco momentos mais marcantes daquela histórica temporada.
O primeiro momento, o início da sua carreira vitoriosa, foi o GP dos Estados Unidos, que abriu aquela temporada nas ruas de Phoenix. Na oportunidade, Senna e Alain Prost se encontraram pela primeira vez após o toque no Japão, que havia decidido o título a favor de Senna em 1990.
Senna comandou todo o final de semana desde o treino classificatório, onde foi 1s1 mais rápido que o francês. Na corrida, o brasileiro liderou as 81 voltas da prova. Prost terminou em segundo, 16 segundos atrás de Senna.
O segundo momento foi no GP do Brasil. Segunda corrida da temporada em 1991, Senna quebrou o tabu e venceu sua primeira corrida no Brasil. E de forma emblemática. Ele fez a pole e liderou a corrida de ponta a ponta novamente. Nas voltas finais, ainda precisou pilotar somente com a sexta marcha, já que a McLaren apresentava sérios problemas de câmbio na parte final da corrida
O terceiro momento mais marcante foi no GP de Mônaco, a quarta corrida da temporada. Senna sacramentou seu melhor início de ano na F1 com a quarta vitória consecutiva. No treino classificatório, foi pole, e na corrida o brasileiro novamente liderou todas as voltas. Aquela foi a 30ª vitória de Senna na F1, a terceira consecutiva dele em Mônaco (89, 90 e 91) e a quarta de sua carreira no Principado.
Na Bélgica, Senna cravou mais uma pole position e liderava até fazer o primeiro pit stop. Após uma troca demorada da equipe, o brasileiro precisou recuperar posições. Foi quando percebeu um problema no câmbio, onde as marchas "saltavam" sem o seu comando.
Sem ritmo para buscar a vitória, o brasileiro contou com os abandonos da Williams de Nigel Mansell e da Ferrari de Jean Alesi para poder vencer e conquistar a última de suas cinco vitórias em Spa (85, 88, 89, 90 e 91).
O último momento, como não poderia ser diferente, foi no GP do Japão, em Suzuka, na corrida que sacramentou o título. Liderando o campeonato com 85 pontos, contra 69 de Mansell, o brasileiro precisava apenas impedir a vitória do britânico para chegar ao título.
No sábado, Berger fez a pole com a McLaren, seguido por Senna e Mansell. Na corrida, Berger saiu na frente de Senna, tentou segurar a posição até quando foi possível.
Porém, nem foi preciso um esforço maior de Senna. Isso porque Mansell errou a tomada da primeira curva e ficou na caixa de brita. O brasileiro seria tricampeão, independente do resultado. No final, Ayrton ainda deixou a vitória para o seu companheiro de equipe e sacramentou seu tricampeonato em solo japonês.
Pós Senna
Nessas três décadas, o mais próximo que o Brasil chegou de conquistar mais um título mundial na F1 foi em 2008, com Felipe Massa, que até foi campeão por por 38 segundos, ao cruzar a linha de chegada e vencer o GP do Brasil.
Nesse intervalo, Lewis Hamilton, que estava em sexto, precisava de um quinto lugar para ser campeão. Isso aconteceu após o carro o britânico ultrapassar o alemão Timo Glock na última curva. Dessa forma, Hamilton conquistou o primeiro dos (até agora) sete títulos.