Um avião da companhia brasileira Varig , que fazia o voo 797, operado pelo Boeing 707, que fazia o percurso Abidjan, na Costa do Marfim e o Rio de Janeiro, caiu na África e deixou 50 pessoas mortas.
Este seria o último voo operado por um Boeing 707 na Varig. A aeronave PP-VJK já havia sido vendida para a União Federal e seria entregue na semana seguinte. A tragédia aconteceu em 3 de Janeiro de 1987. Morreram 39 passageiros e 11 tripulantes. Só uma pessoa sobreviveu.
O avião decolou do aeroporto Port Bouet na madrugada de 3 de janeiro de 1987 e cerca de 20 minutos depois, a cerca de 200 km de Abidjan, soou o alarme de fogo no motor nº 1.
Um dia antes, na viagem de ida, o mesmo alarme havia soado e a equipe de mecânicos da Air Afrique (companhia que fazia manutenção para a Varig) havia constatado que se tratava de um alarme falso.
Mesmo assim, o comandante, Júlio César Carneiro Corrêa, alertado pelo alarme, decide retornar a Abidjan.
O engenheiro de voo, Eugênio Cardoso, nota que a temperatura do combustível no motor está muito alta e, em seguida, o comandante o desliga por precaução. Logo depois, um comissário de bordo entra na cabine e diz que um passageiro viu fogo em um dos motores.
Minutos depois, o avião já sobrevoa Abidjan de volta. A torre do aeroporto oferece a pista 03 para o pouso, mas o comandante decide colocar a proa em direção à pista 21, que, apesar de exigir uma manobra maior para o pouso, possui instrumentos de aproximação.
O comandante também decide pousar sem flaps e sem baixar os trens de pouso, provavelmente devido à diferença de potência entre os dois lados causada pelo desligamento do motor nº 1.
Com os flaps recolhidos, o avião precisa permanecer em maior velocidade para que não haja estol. O alarme de estol soa na cabine, devido ao fato do avião fazer uma curva para a esquerda. É justamente o lado em que o avião possui menor sustentação.
A aeronave inclina rapidamente para a esquerda e, após curvar mais de 90 graus, voando a cerca de 400 km/h, cai e explode pouco antes de chegar à cabeceira da pista.
Dois passageiros sobrevivem ao impacto e à explosão. Um deles, o professor da Universidade da Costa do Marfim Neuba Yessoh escapou quase ileso, com queimaduras em menos de 20% do corpo.
O outro, o britânico Ahmad Wansa, gravemente ferido, acabou morrendo quatro dias depois a bordo de um avião, quando se dirigia a Paris para tratamento.