O dia 11 de março de 2004 foi um dos mais trágicos e dramáticos da história de Madrid, Capital da Espanha, quando uma série encadeada de antentados terroristas deixou o cruel saldo de 193 pessoas mortas e 2050 feridas,muitas delas com muita gravidade, algumas vindo a falecer posteriormente.
Quase simultâneamente, foram disparados os atentados contra o sistema de trens suburbanos da Cercanías, em Madrid, três dias antes das eleições gerais espanholas. As explosões mataram 193 pessoas e feriram 2 050. A investigação posterior oficial por parte do judiciário espanhol constatou que os ataques foram dirigidos por uma célula terrorista inspirada na al-Qaeda, apesar de nenhuma participação direta do grupo extremista ter sido estabelecida.
Embora de não terem tido nenhum papel no planejamento ou na execução dos ataques, os mineiros espanhóis que venderam os explosivos para os terroristas também foram presos.
A controvérsia sobre a autoria dos atentados por parte do governo surgiu depois que os dois principais partidos políticos da Espanha Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Partido Popular (PP) — acusaram-se mutuamente de ocultar ou distorcer evidências por razões eleitorais. Os atentados ocorreram três dias antes das eleições gerais em que o PP, liderado por José María Aznar, que foi derrotado. Imediatamente após o atentado, os líderes do PP alegaram evidências indicando a organização separatista basca Euskadi Ta Askatasuna (ETA) como a culpada pelos atentados.
No entanto, mais tarde uma conexão com o fundamentalismo islâmico foi estabelecida. O governo do PP tinha colocado a Espanha na Guerra do Iraque, uma política extremamente impopular entre os espanhóis. Manifestações e protestos nacionais pediram ao governo para "dizer a verdade.” A visão predominante entre os analistas políticos é que a administração Aznar perdeu as eleições gerais por tentar manipular a responsabilidade dos ataques terroristas, e não pelos atentados em si.