No dia 3 de dezembro de 2009, em Mogadíscio, na Somália, um grupo terrorista atacou com bombas o Hotel Shamo. O ataque suicida aconteceu dentro da sala de reuniões, que estava ricamente decorada para servir de palco a uma grande celebração e contava com a presença de várias autoridades governamentais. O bombardeio do hotel deixou 24 pessoas mortas, dentre eles três ministros do governo provisório da Somália. Mais de 60 pessoas resultaram feridas, muitas com gravidade.
Neste mesmo ano de 2009, em 18 de junho, um outro bombardeio, desta vez em Beledweyne, deixando mortas 30 pessoas.
Na festa que se realizava no Hotel Chamo autoridades e dirigentes universitários façam boas-vindas a estudantes de medicina da Universidade de Benadir. O ataque suicida foi praticado por um militante vestido de mulher, "com um véu e sapatos de mulher", segundo o Ministro da Informação Dahir Mohamud Gelle. De acordo com testemunhas, o homem-bomba aproximou-se do lugar onde estavam os oradores, cumprimentou-os verbalmente com a frase "paz", e detonou seu cinto de explosivos. O Ex-Ministro da Saúde Osman Dufle, que estava conversando quando a explosão aconteceu, relatou que ele notou um indivíduo vestindo roupas pretas andando pela audiência pouco antes da explosão.
A cerimônia - a segunda desde que a Universidade de Benadir foi instituída em 2002, um raro evento na Somália atual, dilacerada pela guerra — atraiu centenas de pessoas. Estavam presentes os formandos e seus familiares, oficiais da Universidade, e cinco ministros do Governo Transicional Federal (TFG). A segurança dentro da sala de reuniões era fraca e todos os guarda-costas dos ministros estavam fora da sala.