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Argentinos não esquecem massacre da Praça de Maio, que matou 364 pessoas

Força Aérea argentina disparou rajadas de fuzis e arremessou bombas contra populares que ocupavam as ruas em apoio ao presidente Juan Perón

Uma das maiores tragédias da humanidade, expressa pela força e brutalidade de militares armados contra população indefesa, aconteceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 16 de Junho de 1955 - hoje fazendo 66 anos-, quando integrantes da Força Aérea argentina disparou rajadas de fuzis e metralhadoras e arremessou bombas contra populares que ocupavam as ruas para expressar apoio ao presidente Juan Perón, naquele momento ameaçado de ser derrubado da Casa Rosada, a sede oficial do governo.

O ataque covarde das forças militares contra uma população desprotegida, deixou nada menos do que 364 pessoas mortas. O bombardeio ocorreu durante um dia de manifestações públicas oficiais para condenar a queima de uma bandeira nacional supostamente realizada por detratores de Perón durante uma recente procissão de Corpus Christi. O ataque foi o primeiro passo de um golpe de estado fracassado.

Bombardeio Argentina - 16 de Junho de 1955 

O número de corpos identificados foi de 308, incluindo seis crianças, além de um número indeterminado de vítimas que não puderam ser identificadas. Ao todo, 364 pessoas assassinadas pelas ações criminosas das forças oficiais que planejavam o golpe contra Perón. Mais de 800 pessoas ficaram feridas, muitas delas com gravidade.

Esse cruel bombardeio contra seres humanos ficou conhecido como Massacre da Praça de Maio. Naquele dia, foram usadas 30 aeronaves da Marinha e da Força Aérea. Entre os 364 mortos, seis eram crianças. O fator surpresa foi crucial no número de baixas civis, visto que era uma quinta-feira. Entre as primeiras vítimas registradas estavam ocupantes de veículos de transporte escolar. A primeira bomba a cair explodiu sobre um carrinho cheio de crianças, matando todos a bordo.

Massacre da Praça de Maio

As tropas rebeldes do 4º Batalhão foram implantadas em torno da Casa Rosada com a intenção de invadir e ocupar a residência oficial de Perón. Eles foram divididos em dois: uma companhia foi implantada a 40 m da esplanada do norte e a outra se refugiou no estacionamento do Automóvil Club Argentino, entre o Parque Colón e o Correio Central, a 100 m da parte traseira do prédio.

No entanto, eles foram repelidos de dentro por membros do Regimento de Granadeiros Montados e de fora por tropas do Exército Argentino que marchavam do setor do Ministério das Finanças, sob o comando do General Lucero. A defesa da Casa Rosada consistiu com duas metralhadoras Browning M2 de 12,7 mm localizadas no telhado, enquanto os defensores dos andares inferiores usavam várias armas menores, incluindo os rifles Mauser 1909. As tropas leais foram acompanhadas por civis peronistas que pegaram em armas. As tropas leais resistiram e Perón se manteve no cargo.

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