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Após 3 anos da tragédia com seu time, Chapecoense chora sua 2ª morte

Das 77 pessoas que ocupavam a aeronave (68 passageiros e 9 tripulantes), 71 morreram e apenas seis sobreviveram.

São decorridos, hoje, três anos do trágico acidente aéreo com o voo da empresa Lamia, que transportava o time e a omissão técnica da Chapecoense para Medellin, na Colômbia, aonde a equipe catarinense jogaria a partida final da Copa Sul-Americana. Das 77 pessoas que ocupavam a aeronave (68 passageiros e 9 tripulantes), 71 morreram e apenas seis sobreviveram.

Foi a maior tragédia no futebol brasileiro em todos os tempos, tirando a vida de quase todos os integrantes de uma equipe jovem, em enorme processo de ascensão, que em pouco tempo de atuação no esporte já disputava a final de um título regional importante, que certamente teria conquistado se a morte fatal não chegasse antes.

O time catarinense se dirigia ao país vizinho para a disputa da primeira partida da final da Copa Sul-Americana. Ele decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellin, na Colômbia, e acabou caindo pouco antes de pousar no Aeroporto José María Córdova.

Dos mortos, vinte eram jornalistas brasileiros encarregados da cobertura da final, nove eram dirigentes do clube , incluindo seu presidente, dois eram convidados, quatorze eram da comissão técnica. Dezenove eram jogadores e sete eram tripulantes. Dos seis ocupantes que sobreviveram, quatro eram passageiros e dois eram tripulantes.

Segundo a investigação das autoridades, a queda foi motivada por falta de combustível. Funcionários aeroportuários e de aviação civil e da Lamia foram apontados como culpados por graves falhas técnicas.

A emoção tomou conta das ruas do Brasil, especialmente de Santa Catarina, após o trágico acidente, e virou comoção poucas vezes vistas no país quando os corpos foram chegando a Chapecó para um velório, num ambiente que fazia cortar corações, tais os depoimentos de parentes e amigos dos mortos. Foram dias de muita homenagem, mas este é uma caso que dificilmente será esquecido.

Na tentativa de retorno à normalidade, a Chapecoense recebeu muito apoio para sua reorganização, no esforço para formar uma nova equipe. EM 2017, um ano após a tragédia, dentro de campo, a Chapecoense continuou na luta para evitar um inédito rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O clube de Santa Catarina, ao lado de Cruzeiro, Flamengo, Santos e São Paulo, faz parte da lista de cinco times brasileiros que desde que jogaram pela primeira vez a Série A, nunca foram rebaixados em torneios nacionais.

Infelizmente, o pior aconteceu. Ontem à noite, jogando em casa pela Série A do Campeonato Brasileiro, contra a equipe do Botafogo do Rio de Janeiro, a Chapecoense não teve forças para evitar a derrota por 1 X 0 para o time carioca, selando, deste modo, de maneira triste, o rebaixamento para a Série B.

O dia de hoje, para a Chape, quando ainda chora a morte de seus jogadores e equipe técnica ocorrida há três anos, é mais um motivo de desalento. Exato neste dia 29 de Novembro a Chapecoense experimenta a sua segunda morte.

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