Os amantes da música sertaneja relembram com tristeza, hoje, os 25 anos da morte do cantor João Paulo, que formava uma dupna de imenso sucesso com o também cantor Daniel. A morte de João Paulo ocorreu na madrugada de 12 de Setembro de 1997, quando ele voltava de um show em São Caetano, no interior de São Paulo, e seu automóvel, um BMW preto explodiu. O corpo do cantor ficou inteiramente carbonizado.
No ano passado, quando foram lembrados os 24 da morte de João Paulo, Daniel, seu companheiro de dupla e amigo, desabafou: “A única palavra para simbolizar esse dia é saudade! Parece que foi ontem e ao mesmo tempo uma eternidade sem você aqui! E lá se vão 24 anos meu amigo… É difícil o dia que não lembro ou falo de você pra alguém! Saudade companheiro!"
A morte do cantor, na época com 37 anos, comoveu todo o País.
José Henrique dos Reis, nome verdadeiro do cantor João Paulo, estava acompanhando do segurança, Paulo César Pavarini, que estava no banco do passageiro e conseguiu escapar pela janela da porta de trás pouco antes da explosão. Ele foi levado ao Hospital e Maternidade Municipal de Jundiaí com uma luxação no braço direito, um corte atrás da orelha direita e hematomas por todo o corpo.
Quase um mês após o acidente, um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Guarulhos apontou que João estaria dirigindo sem cinto de segurança e a uma velocidade de 133 quilômetros por hora. Naquela época, o limite máximo era de 100 km/h.
"O documento de 80 págnias mostra também que não houve falha mecânica e que o acidente que provocou a morte do cantor foi causado por manobra errada do motorista", dizia reportagem de 11 de outubro de 1997.
Em 2014, o Tribunal de Justiça de São Paulo responsabilizou a BMW e o artista pelo acidente. "A perícia realizada no veículo não descartou problemas no pneu dianteiro, determinando a culpa da montadora no acidente", dizia reportagem na época. O relator designado no processo "reconheceu ainda a culpa concorrente de João Paulo pelo excesso de velocidade".