Quando se fala em jejum, naturalmente reconhecemos a eficácia dele no combate à gula. Mas seria essa a única função?
Para algumas pessoas, o jejum é uma prática absurda, entendida como "medieval". No entanto, atualmente, essa prática é amplamente difundida para fins estéticos, e por mais irônico que pareça, nesse contexto, jejuar passa a ser "incrível".
O que é?
Jejum é uma prática mais profunda que imaginamos, é a cura e fortalecimento da alma, principalmente quando o assunto é impulsividade.
Assim, não é simplesmente "ficar com fome", negar desejos que sentimos e até mesmo negar, literalmente, coisas que queremos. Se feita em um contexto de vaidade ou sem intenção de mudança interior, não terá a eficácia devida.
São Tomás de Aquino, Doutor da igreja, nos ensina que a prática diz respeito a duas realidades: o mandamento da Igreja (momento em que há o convite à participação de todos) e a lei natural (no qual Deus imprimiu essa realidade na natureza humana).
Imagem de pão e água
Reprodução
Para que jejuar?
Pensemos em nossas vidas: Quando vamos comprar um carro temos as opções de escolha para cor, bancos, tipo de direção, etc. Porém, os freios do carro não são uma escolha, na verdade, eles são vitais para o bom funcionamento do automóvel.
Igualmente, a abstinência de práticas ou alimentos em favor espiritual é um freio para a alma impulsiva, prestes a viver suas paixões sem antes refletir. A vida humana desregrada se torna nociva, semelhante a um carro desgovernado, sem freios.
O jejum e a abstenção são parte essencial do nosso sistema de freios, diante disso, são chaves para diminuir a impulsividade humana, através do controle do corpo e fortalecimento da alma. Ambas se tornam a virtude da temperança, regulando nossas vidas e enfraquecendo nossos impulsos da carne.