Pedro Alonso López, conhecido como "O Monstro dos Andes", é um dos serial killers mais notórios do mundo. Acusado de matar mais de 300 meninas, Pedro se tornou um dos assassinos mais temidos da história criminal. Desaparecido desde 1998, os crimes e detalhes da existencia de Pedro até hoje chamam a atenção. Pensando nisto, esta colunista trouxe tudo o que você precisa saber sobre o "Mostro dos Andes" e o rastro deixado por ele na história do crime.
O passado do assassino
Nascido na Colômbia em 1948, López passou por uma infância traumática, marcada pela pobreza extrema e abusos. Ele era o sétimo filho de 13 irmãos. Sua mãe era prostituta e, morando em uma casa de um cômodo, apenas uma cortina separava o local do trabalho sexual da mulher com o espaço onde seus filhos dormiam, então era comum que eles ouvissem, chegando até a assistir o que a mãe fazia.
Aos oito anos, foi expulso de casa, após ter tentado abusar sexualmente de uma de suas irmãs. Ao sair de casa, ele foi para o lar de um pedófilo, onde foi abusado. Morando nas ruas e sofrendo com abusos, ele precisou sobreviver, logo, aprendeu a lutar com facas, começou a fumar pasta básica de cocaína, roubava casas e procurava o lixo em busca de comida.
Aos doze anos, Pedro foi adotado por alguns americanos, mas acabou voltando as ruas quando um professor de sua escola o estuprou. Aos 21 anos ele foi condenado a sete anos de prisão por roubo. Na prisão, mais uma vez ele se tornou um brinquedo sexual para os prisioneiros.
Muitos afirmam que o instito assassino de Pedro surgiu durante esse periodo na cadeia, quando cansado de ser abusado, ele cortou a garganta de seus agressores, conhecendo pela primeira vez a sensação de matar alguém e sentindo prazer em fazer isso.
nasce o serial Killer
López começou sua série de assassinatos na década de 1970, mirando meninas entre 8 e 12 anos, principalmente nos países andinos, como Colômbia, Peru e Equador. Ele atraía suas vítimas com presentes ou promessas, levando-as para locais remotos onde cometia os crimes.
“Eu forcei a garota a fazer sexo comigo e coloquei minhas mãos em volta da garganta dela. Quando o sol nasceu eu a estrangulei. (...) Só era bom se ele pudesse ver seus olhos. Nunca matei ninguém à noite. Teria sido um desperdício no escuro, eu tinha que vê-los à luz do dia (...). Houve um momento divino em que coloquei minhas mãos em volta do pescoço das meninas e vi a luz sair de seus olhos. Só quem mata sabe o que quero dizer”, disse à polícia em sua manifestação.
Ainda durante seu depoimento, ele explicou que escolhia meninas andinas pois, elas "possuíam os olhos mais inocentes". Após matar as vítimas, ele ainda praticava necrofilia em seus corpos, escondendo e enterrando-os para que nunca fossem encontrados. No Perú ele matou cerca de 100 meninas entre 9 e 12 anos, e lá ele começou a ser chamado de 'monstro dos Andes'.
Entre 1978 e 1980, o desaparecimento de meninas na Colômbia e no Equador se tornou cada vez mais frequente. Para a polícia desses países, a suspeita inicial era de que o aumento estava relacionado ao tráfico de pessoas e à exploração sexual, e não consideraram a possibilidade de um serial killer. Mas isso mudou em 1980 quando uma enchente em uma cidade equatoriana expôs os corpos de quatro meninas desaparecidas.
A investigação
Durante a perícia foi confirmado que elas haviam sido assassinadas. Apartir desse momento a policia deu inicio a uma investigação em busca do responsável, mas havia um grande obstáculo nas informações, pois os policiais não possuiam dados concretos. Todas as pistas levavam os agentes a lugar nenhum, até que o "Monstro dos Andes" cometeu um erro.
Ao tentar sequestrar uma garota no supermercado Pedro López foi pego pela polícia. As investigações continuaram, agora com um possível suspeito. Sendo considerado culpado tempos mais tarde, López se recusava a confessar os crimes.
A Confissão
A confissão só veio, após os investigadores descobrirem que o assasino era muito fiel a religião. Assim, eles levaram um padre para que ele conversasse com Pedro em busca das respostas. E então o "Monstro dos Andes" confessou detalhes pertubadores para o padre Córdoba Gudino.
“Ele me confessou atos tão horríveis, bestiais e violentos que eu não conseguia mais ouvi-lo. Primeiro ele estuprou as meninas e depois as estrangulou, olhando-as nos olhos, porque naquele momento a excitação sexual e o prazer atingiram seu auge, antes que sua vida murchasse”, disse o padre.
Como era esperado, López justificou seus crimes por causa de sua infância difícil com a mãe e a adolescência nas ruas.
“Perdi minha inocência aos oito anos, então decidi fazer o mesmo com o maior número possível de meninas (...)”. Ele preferia as mulheres equatorianas porque “elas são mais dóceis, mais confiantes e inocentes, não são como as colombianas que suspeitam de estranhos”, disse ele.
Quando as meninas já estavam mortas, López cavava um buraco e as enterrava em grupos de três ou quatro, e depois ia visitar seus corpos, onde passava horas conversado com os cadáveres, que ele chamava de "Bonecas". Pedro explicou ainda que os assassinatos lhe causaram profundo prazer e “a excitação sexual mais profunda antes de sua vida murchar”.
Confirmação
A confissão era tão perturbadora que os policiais começaram a duvidar de Pedro. Para alimentar seu ego e confirmar que ele era sim o autor por trás dos crimes, ele os levou nos locais onde enterrava suas vítimas. Ao todo, 74 corpos de meninas entre 8 e 12 anos foram encontrados, todas com sinais de violência sexual.
López disse aos policiais que havia mais, que eram 110. Assim, entre Perú, Colômbia e Equador, ele matou mais de 300 crianças.
Condenação
Ele foi condenado a 16 anos de prisão, a pena máxima no Equador na época, em 1980, para crimes dessa natureza. Permaneceu encarcerado até 1994, quando foi extraditado para a Colômbia para ser julgado novamente. No entanto, o tribunal o declarou "insano", o que o tornava incapaz de responder pelos seus atos. Ele foi então internado em um hospital psiquiátrico, onde ficou por quatro anos.
Após esse período, uma fiança de cinquenta dólares foi imposta, juntamente com a exigência de tratamento psiquiátrico e relatórios mensais à justiça. No entanto, ele não cumpriu nenhuma dessas obrigações. Logo após ser liberado, o "monstro dos Andes" desapareceu, e desde 1998 seu paradeiro permanece desconhecido.
Mais mortes
Em 2022, a Interpol emitiu um mandado de busca e prisão para Pedro Alonso López devido a semelhanças com o assassinato de uma menina em El Espinal, uma das áreas onde ele costumava recrutar suas vítimas. Além disso, em 2012, no município colombiano de Tunja, outra menina foi encontrada com a garganta cortada. Esses assassinatos apresentavam o mesmo "modus operandi" de Pedro López.
Estima-se que ele tenha assassinado mais de 350 meninas, embora não exista um número exato para as vítimas desse psicopata. A Interpol continua a investigar quem poderia ser o serial killer com o maior número de vítimas.