Nesta segunda-feira, 27 de janeiro, o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), manifestou indignação sobre o tratamento dispensado aos brasileiros deportados dos Estados Unidos. O grupo chegou ao Brasil algemado e relatou situações degradantes que, segundo o ministro, configuram violações graves de direitos humanos.
“O MDS acolhe deportados há anos, sempre respeitando os acordos internacionais. O Brasil acerta ao denunciar graves violações às regras de direitos humanos nas deportações dos EUA. Fóruns globais devem agir com prioridade diante dos descumprimentos envolvendo várias nações”, afirmou Dias.
Posição do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores anunciou que vai exigir explicações do governo norte-americano sobre o tratamento dos deportados. Os brasileiros chegaram algemados, com correntes nos pulsos e nos tornozelos, em voo do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA com destino a Belo Horizonte. Segundo o Itamaraty, tais práticas violam os acordos bilaterais que garantem um tratamento digno e respeitoso aos repatriados.
![Ministro piauiense garante o acolhimento dos deportados no Brasil (Foto: Roberta Aline/MDS)](/uploads/imagens/2025/1/27/webp/wellington-dias-garante-acolhimento-a-deportados-e-dispara-o-brasil-acerta-ao-denunciar-71901452-4e55-4a95-b84e-267057c57a2d.jpg.webp)
Relato dos deportados
Entre os 88 brasileiros deportados, Erionaldo Santana descreveu o desconforto ao permanecer algemado até mesmo ao chegar ao Brasil. “Fomos algemados lá, na quarta-feira, meia-noite. Chegamos no Brasil, continuamos com as algemas. Falamos para eles ‘nós estávamos em território brasileiro’, que em território brasileiro eles tirassem as algemas. Eles queriam tirar”, relatou Erionaldo. O depoimento foi coletado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Ações para atendimento humanitário
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, anunciou planos para estruturar um posto de atendimento humanitário no aeroporto de Confins. “Se a gente tiver uma escalada desses voos aqui no aeroporto de Confins, nós vamos trabalhar para ter um posto de atendimento humanitário a todos esses brasileiros. Na verdade, estão retornando para casa”, afirmou.
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