A candidata do Partido da Causa Operária (PCO) à Prefeitura de Teresina, Lourdes Melo, está a poucos dias das eleições sem receber nenhum recurso para sua campanha. Essa situação ocorre porque o partido ainda não obteve o repasse do fundo eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comprometendo sua mobilização nesta reta final de campanha. Esta é a décima vez que a professora disputa um cargo majoritário.
De acordo com o PCO, o partido solicitou os fundos no final de julho, mas o TSE ainda não liberou os recursos. Em nota, a legenda critica a demora do tribunal, classificando o atraso como uma ação "ilegal" e "seletiva".
"O tribunal está claramente ciente de que está fazendo algo ilegal, isso é demonstrado pelo fato de que ele não decidiu se vai liberar os fundos", afirma o partido. A nota também menciona que, nas eleições anteriores, a liberação ocorreu 26 dias antes do pleito, o que, segundo a sigla, reforça a percepção de tratamento desigual.
O partido sustenta que a demora afeta diretamente o direito de competir em igualdade de condições. A nota ainda destaca que o PCO tem sido alvo de investigações e pedidos de cassação relacionados à sua postura crítica à Justiça Eleitoral e à defesa da causa palestina.
O TSE, por sua vez, nega qualquer parcialidade e afirma que "o processo está em trâmite". No entanto, o PCO rebate essa afirmação, apontando que outros partidos já receberam seus repasses e que a demora com o fundo do PCO prejudica a disputa eleitoral.
"O bloqueio do fundo eleitoral, de forma seletiva e ilegal, é um ataque à paridade de armas na eleição e ao próprio processo democrático", diz a nota do partido.