Além dos requerimentos de moção de repúdio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e ao próprio presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), novas ações têm sido tomadas pela Oposição, especialmente a mais 'estridente', vinculada a Jair Bolsonaro (PL), contra a recepção ao líder da nação vizinha.
O mais recente movimento, eclodido na noite de terça-feira, 30 de maio, se direciona a cobrança de informações de autoridades brasileiras sobre a comitiva de Maduro. Foram acionados os ministros da Defesa (José Múcio Monteiro); de Portos e Aeroportos (Márcio França); da Casa Civil (Rui Costa); e das Relações Internacionais (Alexandre Padilha), para que prestem detalhes sobre os aviões que trouxeram Maduro, a primeira-dama do país, Cília Flores, e os demais membros do Governo venezuelano.
O 'bombardeio' de requerimentos é capitaneado por parlamentares de direita como Evair Vieira de Melo (PP/ES), Marcel Van Hattem (NOVO/RS), Mario Frias (PL/SP), em que citam um 'mistério' envolvendo a comitiva de Maduro no Brasil. Somente na Câmara, foram 23 proposições envolvendo a vinda do presidente venezuelano ao Brasil.
Apesar da importância de reestabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela, o que até mesmo os Estados Unidos têm feito, a maior crítica de parlamentares que não estão ligados nem ao espectro do bolsonarismo, nem mesmo são alinhados ao Governo Lula, é de que o erro não esteve na ação (essencial e boa para o país, que sofreu uma queda no trânsito comercial com o país vizinho), mas na forma como se deu, com a pompa adotada na recepção do venezuelano, em especial nesse momento de tensão entre o Executivo e o Legislativo.