Piauí terá o 7º maior crescimento no PIB com a Reforma Tributária, diz IPEA

O estudo do Ipea comparou as propostas de reforma tributária em discussão com a situação atual e avaliou seus impactos até 2032.

De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a implementação da reforma tributária poderia impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí em 1,04% até 2032. O estudo, intitulado "Propostas de reforma tributária e seus impactos: uma avaliação comparativa", analisou os efeitos econômicos, regionais e setoriais das propostas de reforma tributária sobre a estrutura produtiva da economia brasileira.

No Brasil, os debates sobre a reforma tributária têm ocorrido há décadas. Atualmente, quase metade da receita tributária é gerada por meio de impostos sobre o consumo de bens e serviços, o que tem prejudicado o crescimento econômico sustentável de longo prazo no país. O estudo do Ipea comparou as propostas de reforma tributária em discussão com a situação atual e avaliou seus impactos até 2032.

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A principal conclusão do estudo é que a proposta em votação na Câmara dos Deputados, conhecida como Substitutivo à PEC 45/2019, poderia impulsionar o crescimento do PIB em 2,39% até 2032, em comparação com um cenário sem nenhuma reforma. Durante o período de transição, à medida que o sistema tributário antigo é gradualmente substituído pelo novo, as simulações demonstraram um crescimento do PIB em todos os cenários analisados.

Lira e aliados comemoram aprovação da Reforma Tributária (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deeputados)

No caso específico do Piauí, o estudo projeta um crescimento de 1,04% com a implementação do substitutivo da PEC 45/2019, colocando o estado como o sétimo maior crescimento do país, com o Piauí ficando atrás apenas de São Paulo, Paraíba, Rio de Janeiro, Acre, Distrito Federal e Minas Gerais. Sem o substitutivo, o crescimento estimado do PIB poderia chegar a 3,80%.

O estudo também revela que alguns estados teriam um crescimento projetado abaixo de 1%, como Paraná, Maranhão, Sergipe, Tocantins, Santa Catarina, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Pará, Espírito Santo e Ceará. Além disso, oito estados teriam uma queda no PIB, incluindo Roraima, Amapá, Alagoas, Rondônia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Bahia e Goiás.

Tabela do Ipea mostra a projeção dos Estados com a reforma (Foto: REPRODUÇÃO)

O pesquisador João Maria de Oliveira destaca que as mudanças na estrutura tributária promovem um crescimento econômico, favorecendo setores com cadeias produtivas mais longas e maior efeito multiplicador. Ele ressalta que a reforma tributária não apenas impulsionaria o crescimento econômico, mas também alinharia a economia brasileira para um crescimento ainda maior.

Além disso, o estudo aponta que a reforma tributária teria um impacto positivo no emprego, com um aumento no número de empregos qualificados e melhor remunerados. Com a mudança nos tributos, também haveria ganhos reais na produtividade do trabalho, o que evidencia que a reforma tributária traria benefícios à alocação produtiva e estimularia o aumento da oferta de empregos.

Diante dessas conclusões, o pesquisador vê de maneira otimista o atual cenário, acreditando que há um consenso possível entre os diversos setores envolvidos, os três níveis federativos e os estados e municípios. Ele acredita que esse consenso pode levar o Brasil a um estágio avançado de crescimento econômico.

A implementação de uma reforma tributária é urgente e necessária para impulsionar o crescimento econômico sustentável do país a longo prazo. O estudo do Ipea destaca os benefícios econômicos e sociais que podem ser alcançados com as mudanças na estrutura tributária, incluindo o aumento do PIB, a criação de empregos mais qualificados e a melhoria da produtividade do trabalho.

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