Coordenador do Fórum dos Governadores do Brasil, o líder piauiense Wellington Dias (PT), em entrevista à agência DW Brasil, destacou a situação dramática vivenciada em todo o país com o salto nas infecções e óbitos por Covid-19, e clamou apoio internacional para uma imunização mais célere no território brasileiro.
"O Brasil tem hoje uma situação em que é o epicentro da pandemia no mundo. É visto por outros países e pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS) como um propagador de variantes, de vírus com mutação. Estamos tratando com vários países, especialmente os produtores de vacinas ou de IFA [Insumo Farmacêutico Ativo]. O mundo precisa ajudar o Brasil, assim como precisa ajudar outros países em que há situação de risco para a sua população", afirmou.
O governador do Piauí, que ainda preside o Consórcio Nordeste, pontuou que os Estados vem adotando medidas preventivas, porém, é preciso ter vacina para que a pandemia seja controlada em solo nacional.
"É a OMS que reconhece a situação grave do Brasil, mais que o dobro da média de óbitos do mundo. Temos aqui um esforço de estados, municípios e com dificuldades de coordenação do poder central para medidas preventivas e restrições. Mas queremos também ter a vacina na estratégia não só para salvar vidas, mas para controlar a pandemia no Brasil", comentou.
Dias apontou que os principais organismos internacionais demonstraram sensibilidade com o Brasil e a expectativa é que sejam solidários. "Converso com a Opas, e com a OMS, que demonstrou sensibilidade em ajudar o Brasil também neste campo. A ONU também quer falar conosco. O Brasil sempre foi um país solidário. Essa é a hora em que o Brasil está precisando. Quero levar essa palavra à ONU. Nossa situação é realmente dramática. Nos sentimos muito impotentes", frisou.