Diante da definição do teto de R$ 44 bilhões pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, cerca de 17 milhões de brasileiros ficarão sem o auxílio, com previsão para começar a ser creditado a partir do mês que vem. O Piauí, em que 39,9% da população foi beneficiada na primeira etapa do auxílio emergencial, será o mais impactado. Os cálculos foram feitos pelo movimento Renda Básica que Queremos, que reúne uma série de entidades representativas dos mais distintos âmbitos, e promove a campanha #auxílioatéofimdapandemia.
No Piauí, 1.314.826 foram beneficiados em 2020, agora, com regras mais restritivas, somente 784.793 deverão ser contemplados na nova etapa.
Em termos proporcionais, 40,3% dos beneficiados em solo piauiense no ano passado devem deixar de receber o auxílio emergencial, de acordo com a estimativa dos economistas da ONG.
Com uma parcela mais reduzida do AE, o montante que entrará nas economias locais também será menor, o que prejudicará exponencialmente a arrecadação dos Estados. "Sabemos o papel essencial que a distribuição de renda teve em 2020, evitando o fechamento de mais comércios, ampliação do desemprego e redução dos indicadores de fome e extrema pobreza. Isso bate diretamente na vida dos estados e municípios, que estão na linha de frente do combate à pandemia e com a arrecadação de impostos ainda mais reduzida", pontuou Paola Carvalho, diretora da Rede Brasileira de Renda Básica.