A professora Lourdes Melo, de 71 anos, natural de Pedreiras (MA), está confirmada como candidata à Prefeitura de Teresina pelo Partido da Causa Operária (PCO), tendo Deuselia Lopes como sua vice. Esta será a décima vez consecutiva que Lourdes concorre em eleições majoritárias, tendo disputado anteriormente cinco vezes para o Governo do Piauí, quatro para a Prefeitura de Teresina e uma vez como candidata a vice-prefeita.
A confirmação das candidaturas ocorreu antes do término do prazo para as convenções partidárias, na última segunda-feira (5). O PCO, partido de orientação trotskista, realizou convenções em cerca de 50 cidades, incluindo 15 capitais, para definir seus candidatos às eleições municipais. As escolhas e o programa de governo foram aprovados na 36ª Conferência Nacional do Partido, realizada em 21 de junho.
O programa do PCO para as eleições inclui eixos principais como a formação de conselhos populares, cancelamento da dívida pública, legalização de ocupações, estatização do sistema de transporte, isenção de impostos para os pobres, contratação imediata de funcionários para saúde e educação, acesso universal à educação pública e gratuita, liberdade de propaganda e comunicação, corte de verbas para a imprensa capitalista, e um grande plano de obras para combater o desemprego e construir moradias populares.
O partido terá cerca de 250 candidatos em todas as regiões do país, lançando chapas próprias "sem alianças com partidos burgueses". Algumas das principais candidaturas do PCO incluem César Pontes em Porto Alegre, Felipe Bombardelli em Curitiba, Lourdes Francisco da Costa em Belo Horizonte, Henrique Simonard no Rio de Janeiro, João Pimenta em São Paulo, Camilo Duarte em João Pessoa, Victor Assis em Recife, Jairo Palheta em Macapá e Lourdes Melo em Teresina.
O PCO enfatiza uma organização coletiva, centralizada e transparente, onde todos os candidatos representam a vontade do partido. As finanças eleitorais serão geridas de maneira centralizada e os mandatos conquistados serão regulados pelo partido, garantindo que os eleitos não utilizem seus cargos para enriquecimento pessoal, mas sim para fortalecer a mobilização dos trabalhadores.