Em meio a uma 'corrida' dos pretensos candidatos à Prefeitura de Teresina pelo apoio de lideranças ligadas ao ex-prefeito Firmino Filho, o professor Charles da Silveira (PDT-PI), ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e aliado fiel do saudoso gestor da capital, disse em entrevista exclusiva à coluna que não há um depositário do legado político de Firmino, atribuindo-o à população.
Charles da Silveira, inclusive, chegou a ser cotado para concorrer em 2020 à Prefeitura com o apoio de Firmino Filho, no entanto, o escolhido à época foi o ex-secretário de Educação Kleber Montezuma, que acabou não logrando êxito na disputa municipal, sendo derrotado pelo atual líder municipal Dr Pessoa (Republicanos).
Assim como outros 'firministas', Silveira admite que já foi procurado por grupos políticos que almejam a disputa do ano que vem, porém ele considera cedo para tratar das eleições. "Já fui procurado, eu entendo apenas que é muito cedo, esse é um processo que está sendo adiantado, as eleições são apenas em 2024, temos que deixar o tempo passar, deixar as coisas acontecerem, e é importante realçar, já que você falou que eu trabalhei com o Firmino, o legado do Firmino pertence à população de Teresina, às lideranças comunitárias, aquelas pessoas que ajudaram a construir nossa cidade, eu não vejo que alguém queira se colocar como depositário desse legado, existe o legado que pertence a família, mas há um legado de natureza política que pertence a cidade e todos aqueles que tinham o ideal de construir uma cidade igualitária e solidária", sinalizou.
Apesar de considerar prematuro o debate sobre o pleito de 2024, Charles da Silveira adiantou que seguirá o posicionamento do PDT, que almeja lançar um candidato à Prefeitura. "O PDT fez uma coligação ano passado na eleição para apoiar Sílvio Mendes, o PDT hoje tem uma nova postura, de estar em alinhamento com o Diretório Nacional, num novo posicionamento, a ideia é que o PDT possa ter um candidato a prefeito e nós estaremos dentro desse projeto do PDT", indicou.
No entanto, o ex-líder da FMS, que concorreu na eleição do ano passado como primeiro suplente de Joel Rodrigues (Progressistas-PI) na disputa pelo Senado, não irá se candidatar a nenhum cargo em 2024. "Não serei candidato nem a prefeito, nem a vice-prefeito, nem a vereador, eu como cidadão participo do processo político e espero contribuir com o engradecimento do partido a qual estou filiado", concluiu.