Apenas o Piauí e Tocantins tiveram redução no nível de pobreza em 2021

Mais de 9,6 milhões entraram na linha da pobreza no país. Piauí é o segundo estado do Nordeste com a menor proporção de pobres, diz FGV.

O Mapa da Nova Pobreza, divulgado nesta quarta-feira, 29 de junho, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), evidencia que o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Este número em 2021 corresponde 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia. A pobreza nunca esteva tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica em 2012.

Entre as 27 unidades da federação, somente Tocantins (com redução de 0,95%) e o Piauí (redução de 0,03%) tiveram uma queda na pobreza.

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Pobreza se difunde assustadoramente no país (Foto: Agência Brasil)Além da medição da pobreza brasileira agregada e suas variantes, a FGV deu uma atenção a composição geográfica da pobreza para localizar os estoques e os fluxos de pobreza no território brasileiro. A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%) e aquela com a maior proporção de pobres foi o Maranhão com 57,90%.

Piauí tem a segunda menor proporção de pobreza do Nordeste

O mapeamento da FGV mostra ainda que o Piauí tem a segunda menor proporção de pobres do Nordeste, com 45,81%; atrás somente do Rio Grande do Norte, com 42,86%. Além do Maranhão, Amazonas, Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia se destacam entre os cinco com maior índice do país.

De acordo com a FGV, a mudança da pobreza de 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia, revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais). Também observaram uma alta significativa, Rondônia (6,31 pontos percentuais) e Espírito Santo (5,92 pontos percentuais).

No Piauí, de 2018 a 2021 houve uma redução de 2,45% na população com renda abaixo de R$ 497 mensais, uma exceção em âmbito nacional.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o objetivo da publicação é avaliar o nível e a evolução da pobreza durante os últimos anos no Brasil, usando os microdados da PNAD Continua Anual, recém disponibilizados pelo IBGE. "Exploramos inicialmente cenário básico dos grandes números da pobreza nacional. O passo seguinte é a espacialização destes números. Na etapa final mapeamos a influência das escolhas metodológicas e de uma miríade de linhas de pobreza nacionais e internacionais nos resultados encontrados. Os maiores nível e incremento da pobreza brasileira recente se revelam robustos", pontua.

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