Por Rany Veloso
A próxima semana promete ser de intensa negociação no Congresso Nacional. Os aliados de Lula irão entrar em campo para a construção de um texto viável de aprovação da PEC do Bolsa Família. Há previsão de reuniões de Wellington Dias (PT-PI) com líderes tanto dos partidos aliados do próximo governo quanto dos que vão estar na oposição. O coordenador do orçamento questiona o motivo do "embate" para incluir os pobres definitvamente no orçamento.
"Considerando uma necessidade do povo brasileiro, especialmente do povo mais pobre, por que ter um embate? Uma tensão todo ano para decidir se vai ter ou não vai ter dinheiro para os mais pobres. Por essa razão a proposta de excepcionalizar o programa sem uma data", defende Wellington Dias.
A ideia no Congresso é compor informalmente uma comissão com deputados e senadores para fechar o texto de consenso antes de ir para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no Senado. A expectativa de votação é para o fim de novembro.
A principal discussão gira em torno do tempo que o valor do benefício deve ficar fora do teto de gastos. O legislativo está dividido entre os que defendem apenas para o próximo ano, outros por quatro anos (mandato de Lula) e outros como Wellington Dias e Marcelo Castro (MDB-PI), ininterruptamente.
Nomes, como, o do senador Davi Alcomumbre, cotado para ser o relator da PEC, do presidente da Comissão do Orçamento Celso Sabino, do líder do União Brasil Elmar Nascimento e Arthur Lira vão iniciar as conversas para um acordo.
WELLINGTON DIAS REBATE CRÍTICAS E DEFENDE DOAÇÕES FORA DO TETO DE GASTOS: "BURRICE ECONÔMICA"
SENADOR CONFIRMA INTENÇÃO DE MAIS DE R$ 100 BILHÕES PARA INVESTIMENTO. R$ 50 BILHÕES SERIAM DO ORÇAMENTO INICIALMENTE PLANEJADO PARA O AUXÍLIO BRASIL.
LÍDER DO GOVERNO ESTÁ DISPOSTO A NEGOCIAR
O líder do governo Bolsonaro no Senado assumiu o papel de batedor. Carlos Portinho disse ao blog que está disposto a negociar a PEC do Bolsa Família, mas apenas para o próximo ano e com o valor fora do teto de no máximo R$ 50 bilhões.
De acordo com o senador, esse seria o valor necessário, segundo o Ministério da Economia, para pagar o Bolsa Família de R$ 600 sem o complemento de R$ 150 por cada criança de até 6 anos.
Carlos Portinho (PL-RJ)