Por Rany Veloso
Teve toma lá dá cá de farpas amaciadas com pronomes de tratamento. Nesta quinta-feira (06) em Brasília. Na sua tradicional live, Bolsonaro citou rapidamente a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia. Com alvo certo, o presidente aposta no discurso da suposta corrupção por trás da pandemia pelos governadores e prefeitos e se dirigiu a Renan Calheiros (MDB-AL). "Oh excelentíssimo senador, frase não mata ninguém, o que mata é o desvio do recurso público que o seu estado desviou. Então vamos investigar o teu filho que a gente resolve esse problema", disparou o chefe do Executivo defendendo as falas tidas como "negacionistas" sobre a pandemia.
Imediatamente Calheiros respondeu alfinetando Bolsonaro ao dizer que ele perde tempo enquanto pessoas morrem vítimas de Covid. "Dizer com todo respeito ao presidente da República: o que mata é a pandemia pela inação e inépcia que eu torço que não seja dele, porque nós não queremos fulanizar isso aqui. Com relação ao estado de Alagoas, ele não gaste o seu tempo ociosamente como tem gasto o seu tempo enquanto os brasileiros continuam morrendo", retruca e finaliza dizendo que se for preciso irão investigar Alagoas ou outro estado.
Nos bastidores, a informação é que há duas semanas o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, estaria em Brasília, no mesmo período do início da CPI, para reassumir a comunicação do Planalto. A ordem seria desviar o foco da CPI criandou outros fatos com declarações polêmicas mesmo que prejudique a importação do IFA para a produçaõ das vacinas. E falar mal da China é algo que agrada parte do eleitorado do presidente.