Por Rany Veloso
O ano começou com briga entre poderes. O centro da intriga está no veto de Lula a R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares. Neste momento, deputados da base e oposição se unem e não vêem discurso de Lira como ameaça a Lula. "A gente começa essa ano legislativo com um certo conflito, mas isso é natural da democracia", disse o deputado Florentino Neto (PT-PI) ao blog.
Há um único pensamento no Congresso, recompor o valor das emendas e permitir que parte delas sejam executadas ainda no primeiro semestre.
"O presidente da Câmara, Arthur Lira, ninguém pode dizer que no ano passado ele não tenha contribuído muito para a Reforma Tributária aprovada e várias pautas do governo. Existe um reconhecimento da própria liderança do governo, ele cobra algumas posições do governo com relação aos vetos e a Medida Provisória da reoneração , que a Câmara já tinha analisado como projeto de lei", explicou Florentino.
O presidente da Câmara chegou a dizer que orçamento não é só do Executivo e que não era para subestimar o Legislativo em ano eleição. Hoje (09), ele teve um encontro com Lula no Palácio da Alvorada. O presidente da República abriu um canal direto de comunicação com Lira diante das queixas sobre Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.
ÁTILA LIRA DIZ QUE VETO DE LULA CAI
Questionado sobre a apreciação dos vetos de Lula às emendas parlamentares, o deputado do PP do Piauí não tem dúvida que cairá e diz que o Executivo tem que respeitar o Legislativo.
"Ou vai cair ou o governo tem que entrar em um acordo. Isso foi acordado no ano passado, justamente na Comissão de Orçamento. Isso tem um cronograma a ser cumprido. Foi aprovado com quase unanimidade dos parlamentares, pela maioria, então eu acho que isso deve ser cumprido", dispara Átila, que assim como Lira fala em acordo que não foi cumprido.