Por Rany Veloso
Em cerimônia discreta, a portas fechadas no gabinete de Bolsonaro no palácio do Planalto, o novo e 4º ministro da Saúde durante a pandemia, anunciado desde a segunda-feira passada, Marcelo Queiroga, tomou posse na pasta no fim da manhã desta terça-feira (23). Apenas alguns ministros e membros do Centrão foram avisados ainda na noite de ontem.
A expectativa é que Queiroga faça mudanças urgentes no Ministério, embora tenha dido que iria dar continuidade ao trabalho de Pazuello ele deve nomear secretários e assessores especiais técnicos
A intenção do governo Bolsonaro é ao colocar um médico na principal pasta neste momento de crise sanitária é passar a mensagem de que o governo vai mudar a forma de lidar com a pandemia nitidamente negacionista até agora.
O Congresso Nacional e o judiciário tiveram parcela de contribuição na mudança e pressionaram para que isso ocorresse o quanto antes. Com a demora, boa parte, até de aliados do Centrão, entendeu que será difícil para Queiroga ter autonomia e seguir a ciência sem discordar da postura do chefe do executivo.
Ontem, o Ministério da Saúde disse que Pazuello ficaria no cargo até amanhã (24), quando está marcada reunião entre os chefes dos poderes. Os assessores do general já estavam preparando o discurso que ele faria, ressaltando que deixa a pasta com 500 milhões de doses da vacina encaminhadas, porque nem todas estão com contrato fechado, e com a expectativa de vacinação de policiais, professores e pessoas com comorbidades em abril.
Até agora, a exoneração de Pazuello não foi publicada no Diário Oficial da União.