Por Rany Veloso
Em entrevista exclusiva à TV Meio Norte nesta sexta-feira (12), dia da aprovação da PEC emergencial, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, afirma que a primeira parcela do pagamento do auxílio emergencial deve ser paga ainda neste mês de março. "Provavelmente semana que vem será a promulgação da PEC e a edição da Medida Provisória, que trará o prazo do auxílio, que será de 4 meses e o valor, se será o valor médio ou se teremos graduação para tamanhos de família, para mães que são chefes de família ou se será um valor único para todos. Temos até a semana que vem para decidir isso para que o auxílio seja pago neste mês de março que é o compromisso do presidente Bolsonaro com a responsabilidade social com os brasileiros", declara.
Reduzir o cadastro de 56 milhões que receberam o auxílio em dezembro do ano passado para os possíveis 46 milhões de beneficiários neste ano é a missão do Ministério da Cidadania, que está selecionando os novos assistidos. Isso porque, segundo o deputado, a Caixa, banco que faz os pagamentos, tem um cadastro maior.
Barros também analisa os pontos retirados da PEC, que seria inicialmente apenas para ajuste fiscal dos gastos públicos, e apesar do revés que o governo sofreu no plenário por não aprovar o texto como veio do Senado, já desidratada sem a desvinculação dos gastos da Saúde e Educação, ele diz que os pontos retirados não vão interferir drasticamente na economia do governo. A progressão e promoção de carreiras dos servidores públicos, por exemplo, custará R$ 1,5 bilhão por ano, mas o congelamento dos salários quando os gastos da união, estados e municípios chegarem a 95% de despesas foi mantido.
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Sobre vacinação, o líder disse que o governo tem a expectativa de até setembro vacinar todos os brasileiros.
Ricardo Barros já foi ministro da Saúde no governo Temer e é de um partido do Centrão próximo ao presidente, por isso é o nome mais cotado para assumir a pasta no lugar do general Eduardo Pazuello, mas negou qualquer possibilidade neste momento disso ocorrer.
Mudança de postura de Bolsonaro diante do momento mais difícil da pandemia no país e a entrada de Lula no cenário político de 2022 após anulação de condenações também foram temas de questionamentos.
Barros diz que Progressistas continua com Bolsonaro e acredita na reeleição.