Por Rany Veloso
Lula se reúne nesta sexta-feira (27), em Brasília, a portas fechadas no Palácio do Planalto, com os 27 governadores do país. É o primeiro encontro oficial para tratar de demandas dos estados. Cada governador vai apresentar três projetos dos respectivos estados. Rafael Fonteles, governador do Piauí, apresenta ao presidente o Intermodal do Vale do Parnaíba. É uma grande obra de infraestrutura que envolve construção de rodovia, ferrovia e hidrovia.
O projeto envolve a construção de um anel viário para interligar todo o estado à região do cerrado para o transporte dos grãos; uma hidrovia para o transporte de mercadorias através de embarcações no rio Parnaíba e a ferrovia entre Teresina e Luís Correria, que tem como objetivo chegar ao Porto, que segundo Fonteles, está na fase da contratação da dragagem e do cais do terminal pesqueiro.
O governador se reuniu ontem, com os ministros do Transporte, Renan Filho; e dos Portos e Aeroportos, Márcio França, para apresentar o projeto, que de acordo com ele, pode demorar de 4 a 6 anos para a conclusão.
DE LULA PARA GOVERNADORES: "NÃO TEM VETO"
O presidente abriu o encontro falando em nova relação entre os entes federados "para tentar trazer o Brasil de volta à normalidade". Ele também afirmou que os estados vão poder fazer parcerias com o BNDES e que não terá retaliação a governadores que apoiaram Bolsonaro nas eleições. "Se queixar e reivindicar não é proibido. Depois de ganhar as eleições, você deixa de ser candidato e vira governante", ressaltou Lula.
Sobre a relação com os chefes do executivos estaduais, Lula disse que não veto, nem para os bolsonaristas. "Da minha parte, não há nenhum veto a qualquer governador que quiser conversar. A porta do Palácio do Planalto está aberta. E vamos mostrar ao Brasil que governar de forma civilizada é muito importante. A disseminação do ódio acabou".
Participam também do econtro os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; da Fazenda, Fernando Haddad; das Relações Instituicionais, Alexandre Padilha; da Casa Civil, Rui Costa; da Saúde, Nísia Trindade e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência.