Por Rany Veloso
Apelidado por ministro do silêncio, Marcelo Queiroga voltou à CPI da Pandemia, segundo o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), por ter apresentado contradições e escapar de respostas no primeiro depoimento.
Dessa vez, o ministro da Saúde mudou a posição sobre a cloroquina, reconheceu que o medicamento não tem eficácia científica contra a Covid, mas também tentou blindar o presidente Bolsonaro. Para os senadores da oposição, há uma comprovação da falta de autonomia dele na gestão.
Queiroga iniciou falando que somente a vacinação pode combater a pandemia e que as outras medidas não são fundamentais. Ele afirmou que toda a população acima dos 18 anos será vacinada até dezembro.
O ministro negou o gabinete paralelo de condução da pandemia e sobre o comportamento contraditório de Bolsonaro em relação às medidas de distanciamento social e uso de máscara falou que não é "censor".
Sobre a Copa América, Queiroga não vê motivo para não ocorrer no Brasil. Para ele, não será um risco há mais mesmo com 650 envolvidos no evento e mais de 2 mil jornalistas que solicitaram credenciamento.
O ministro disse que o país não está na 3ª onda da Covid, e sim na 2ª com platô elevado de casos.
Os ânimos se exaltaram e teve discussão quando Otto Alencar (PSD-BA) perguntou se o Queiroga leu as bulas das vacinas aplicadas no Brasil.
A respeito da não nomeação da médica infectologista Luana Araújo na Secretaria da Covid, Queiroga voltou atrás e disse que a decisão foi dele e não política.
Antes da oitiva, os senadores definiram as datas para os depoimentos dos governadores. Wellington Dias (PT) ficou para o dia 30 deste mês.
CRONOGRAMA DE DEPOIMENTOS DE GOVERNADORES:
Helder Barbalho (PA): 29/06
Wellington Dias (PI): 30/06
Ibaneis Rocha (DF): 1º/7
Mauro Carlesse (TO): 02/07
Carlos Moisés (SC): 06/07
Antônio Garcia (RR): 07/07
Waldez Góes (AP): 08/07
Amanhã, está prevista a votação de quebras de sigilo.