Por Rany Veloso
A suplente de Wellington Dias (PT-PI) no Senado, Jussara Lima (PSD-PI), está em uma "sinuca de bico". PT e PSD duelam pela vaga no Senado. Isso porque quanto maior a bancada do partido, maior o poder de negociação por espaços.
O acordo entre Dias e Jussara é que após a posse, a nova senadora deve se filiar ao PT (9 senadores), para que o mesmo não perca a vaga e consiga fazer frente ao PL de Bolsonaro (13 senadores). Mas sabendo disso, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, quer sentar para conversar com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
Certo é que Jussará irá assumir de um jeito ou de outro. O máximo que pode acontecer é Kassab conseguir negociar mais um espaço no governo Lula.
Wellington Dias, além de senador, é ministro e de uma grande pasta, a responsável pelo Novo Bolsa Família.
Dias se licenciou do cargo no governo federal para tomar posse no Senado, onde foi eleito com mais de 900 mil votos pelo Piauí. Como o blog adiantou, ele ficaria no Senado até hoje (03), para resolver questões de interesses do partido, como a eleição do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como aconteceu, e as posições do PT na Mesa Diretora no Senado e nas comissões.
Jussara Lima vai assumir um cargo no Legislativo pela primeira vez, mas já ocupou cargo público, quando eleita vice-prefeita no município de Fronteiras, sul do Piauí.
Como o blog havia adiantado, a expectativa da nova senadora era tomar posse ao lado das outras duas parlamentares mulheres que chegaram ao Senado na mesma condição. Ana Paula Lobato (PSB-MA) e Augusta Brito (PT-CE) tomaram posse ontem (02). Elas são as respectivas suplentes dos senadores Flávio Dino (PSB-MA) e Camilo Santana (PT-CE), também ministros do governo Lula em grandes ministérios (Justiça e Educação). A diferença é que essas suplentes são do mesmo partido que os titulares.
Posse das senadoras Ana Paula Lobato (PSB-MA) e Teresa Brito (PT-CE)