Por Rany Veloso
Além da proposta de querer colocar as emendas do orçamento secreto, como ficaram conhecidas as emendas de relator (RP 9), como impositivas, ou seja, o governo é obrigado a liberar o pagamento, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) quer também aumentar as funções do presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Já está na LDO a proposta para o presidente da CMO também poder dizer para onde vai o dinheiro público. Tem parlamentar no Congresso se queixando desse possível acúmulo de funções por Celso Sabino (União-PA), indicado por Arthur Lira (PP), presidente da Câmara.
Em entrevista exclusiva ao blog, o relator do orçamento, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), disse que é preciso um entendimento.
"Precisamos ouvir os presidentes da Câmara e do Senado e encontrar um entendimento. Para mim, quanto mais pessoas pudessem assinar, melhor, porque eu não ficaria exposto para eu sozinho estar assumindo a responsabilidade. Houve até uma sugestão que o relator assinaria as indicações depois de ouvir o presidente da Câmara e o presidente do Senado", disparou Castro.
Fontes do Senado relatam desapontamento de Marcelo Castro. Tudo começou com a mudança na indicação das emendas de relator. Como o próprio nome diz, seria ele, o relator do orçamento, o único responsável por indicar as verbas calculadas no próximo ano em cerca de R$ 19 bilhões. Mas Arthur Lira visando maior controle do dinheiro e consequentemente poder entre os parlamentares, até por uma possível mudança de presidente da República, quer incluir o presidente da CMO como o segundo responsável pela destinação do montante bilionário.
MARCELO CASTRO É CONTRA TORNAR AS EMENDAS DO ORÇAMENTO SECRETO IMPOSITIVAS
Sobre esse ponto, Castro é mais enfático. "Sou contra. Não vejo necessidade de se fazer as emendas RP-9, as de relator, impositivas".
VEJA O QUE MARCELO CASTRO DIZ SOBRE AS EMENDAS IMPOSITIVAS E A DIVISÃO DE FUNÇÕES COM O PRESIDENTE DA CMO: