Por Rany Veloso
A aproximação de Bolsonaro e Maia não causou espanto em Brasília, mas muitos parlamentares acham que será por pouco tempo. "Não dura 72 horas, o presidente é muito instável", disse o deputado federal Assis Carvalho (PT/PI).
O deputado Flávio Nogueira (PDT/ PI) avalia que se de fato houver sinceridade é muito importante, porque sem diálogo na política não tem como prosseguir nas pautas. "O problema é a instabilidade emocional do presidente", disse o parlamentar, que também acha que não vai demorar para um novo atrito entre os dois.
Isso porque no mesmo dia em que Bolsonaro voltou a "namorar" com Maia, no período da manhã o presidente da República ciriticou o presidente da Câmara ao dizer que ele queria ferrar o governo ao entregar relatorias de projetos do Executivo à oposição. Por isso que para muitos o relacionamento ainda é instável.
Os próximos passos para saber se a relação é duradoura serão o encontro com os governadores e a retomada das reformas Administrativa e Tributária após a pandemia.
O ensaio dessa aproximação já vinha sendo feito quando os generais Ramos e Braga Netto, ministros da Secretaria de Governo e Casa Civil, se encontraram com Maia na Câmara após aval de Bolsonaro.
Há quem diga que Maia tenha dado o braço a torcer ao perceber a adesão do Centrão a uma base política de Bolsonaro no Congresso Nacional. Em uma reunião de líderes convocada pelo presidente da Cãmara nesta semana, nove não participaram.