Por Rany Veloso
A primeira reunião ministerial de 2025, que durou 7 horas, já vem surtindo efeito. O ministro piauiense Wellington Dias já está colocando em prática aquilo que foi orientado na reunião. Hoje (21), já publicou vídeo nas redes sociais mostrando como a Reforma Tributária vai impactar na vida do brasileiro com a cesta básica isenta de impostos. A ordem de Lula é para que os feitos do governo chegue na ponta, ou seja, na população.
"Ali [na reunião] foi possível, neste balanço, ver quanto de realizações, bem mais do que é possível transmitir à população. E assim, fui traçado um plano para 2025, transformar o ano de 2025 no ano das entregas", ressaltou Dias.
Com isso é possível entender que neste momento, apesar do "fogo amigo" dentro do PT, Wellington Dias não está ameaçado pela Reforma Ministerial. O ministro será o representante do Brasil no Conselho dos Campeões da Aliança Global contra a fome com grandes chances de ser o primeiro presidente do organismo internacional.
"Garantir que a gente possa melhorar os serviços para que seja percebido dentro de cada casa, por cada pessoa, em cada canto do Brasil. Também é hora de apresentar as grandes entregas da parte do Ministério do Desenvolvimento Social. 2025 será o ano em que vamos completar o triênio em que, pelo critério da FAO, vamos tirar o Brasil do Mapa da Fome, mas também com redução da miséria e da pobreza a um patamar histórico que nunca antes o Brasil tinha alcançado e com mais igualdade, e veja, fazendo crescer a própria classe média garantindo condições de que o cadastro único seja a referência mas integrado com várias áreas que melhoram a vida, a habitação, a educação, a saúde, a garantia das condições de que com mais qualificação possam crescer".
BASTIDORES: LULA E SIDÔNIO PALMEIRA DEFINEM ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO PARA 2025
A coluna apurou com uma fonte palaciana que Lula e o novo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, deram "bizus" aos ministros.
As orientações foram: unidade no discurso dos feitos do governo, tendo o presidente como "maestro" para que a "orquestra" toque em harmonia; mais viagens e entregas, que os ministros possam viajar pelo Brasil entregando obras e outras ações; e toda portaria, norma ou projeto que for "polêmico" terá de passar antes pela presidência, via Casa Civil e também pela Secom para que a informação "verdadeira" chegue antes das fake news.
"É importante p qualquer governo ter centralidade nos anúncios, nesse mundo de alta velocidade a informação organizada chegue primeiro à população", disse Rui Costa, ministro da Casa Civil.
Ontem, na abertura do encontro com os ministros, Lula anunciou que as portarias passarão pela presidência para evitar "encrenca" ao governo.
"Daqui para frente, nenhum ministro vai poder fazer portaria que depois crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela presidênica da República através da Casa Civil. Muitas vezes a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, alguém faz um negócio qualquer, daqui a pouco arrebenta e vem cair na presidenta da República", disse Lula.
Lula também deu outras missões primordiais aos ministros para 2025, que denominou "grande tarefa". A primeira é saber se os partidos dos respectivos vão estar dispostos ou não a continuarem no governo, isso já visando na Reforma Ministerial e eleições de 2026; a outra é diminuir o preço dos alimentos e e não menos importante dialogar melhor com os empreendedores, segundo ele, o novo perfil do trabalhador brasileiro. O presodente reconhece que muitas coisas anunciadas ainda não foram cumpridas.
Lula disse que as eleições já começaram e precisa ganhar para não entregar o país de volta ao "neonazismo". "Não vamos deixar que o Brasil volte ao horror do nosso antecessor", insistiu, sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro.